
Como parte das manifestações do 1º de Maio, as centrais sindicais Força Sindical, UGT, CTB, CUT, CSB, NCST, Pública e Intersindical, foram recebidas pelo presidente Lula no Palácio do Planalto, na terça-feira (29), onde entregaram ao presidente uma pauta de reivindicações, como o fim da escala 6×1, a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, fim da carestia, redução dos juros e mais empregos.
A entrega do documento, que defende 26 pontos que foram debatidos pelas centrais sindicais desde o início de abril, aconteceu após a 2º Marcha da Classe Trabalhadora, que seguiu do Teatro Nacional até o Congresso Nacional e o Planalto, em Brasília.
A marcha, o encontro com o presidente e a celebração do Dia do Trabalhador, amanhã, em um ato unificado das centrais no Campo de Bagatelle, na zona Norte da capital paulista, fazem parte da Jornada Nacional de Lutas da Classe Trabalhadora.
De acordo com a fala do presidente da CTB, Adilson Araújo, durante a entrega do documento, a “valorização do trabalho deve ser compreendida como fonte de desenvolvimento nacional”.
“Razão de ser do movimento sindical, a valorização do trabalho deve ser compreendida como uma fonte de desenvolvimento nacional, como por sinal sugere a Constituição Brasileira, que consagrou este objetivo subjacente à luta de classes moderna como um dos fundamentos da nossa República”, afirmou.
“A pauta da classe trabalhadora traduz a agenda unitária das centrais sindicais brasileiras por um novo projeto nacional de desenvolvimento orientado para a valorização do trabalho, ampliação da democracia e defesa da soberania nacional num tempo crítico para a civilização humana”, destacou Adilson.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, disse que “nenhum direito que a classe trabalhadora tem caiu do céu ou foi benefício dado por alguém, foi com muita mobilização e com muita luta”.
O ministro Márcio Macêdo destacou que “a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil foi proposta dos trabalhadores que o presidente Lula encampou, assim como a valorização do salário mínimo, do serviço público e da redução da jornada. Estamos do mesmo lado da história”, declarou.
“A menor taxa de desemprego da nossa história foi alcançada, mas é preciso continuar crescendo, com mais empregos e salários. A mobilização dos trabalhadores é fundamental para isso”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Além do presidente e os líderes das centrais, também participaram do encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e os ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Aloysio Corrêa da Veiga.