O YouTube atualizou nesta semana as suas políticas para proibir vídeos que recomendam o uso de hidroxicloroquina ou ivermectina para o tratamento ou prevenção da Covid-19. A atualização está alinhada às orientações atuais das autoridades de saúde globais sobre ausência de eficácia dessas substâncias no tratamento do coronavírus.
No Brasil, o uso dos medicamentos passou a ser defendido pelo governo Jair Bolsonaro e seus seguidores como um “tratamento precoce” contra a Covid-19, o chamado “kit covid”. Em janeiro, o Ministério da Saúde, durante a gestão de Eduardo Pazuello, chegou a lançar um aplicativo que recomendava o uso dos medicamentos diante de qualquer sintoma que pudesse ser considerado da doença. Ele saiu do ar dias depois.
No início de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma diretriz na qual pede fortemente que a hidroxicloroquina não seja usada como tratamento preventivo da Covid-19.
Canais que publicarem conteúdos que desrespeitem a regra terão o material removido e receberão uma notificação por e-mail. Se a infração se repetir, o envio de novos vídeos fica restrito por uma semana, e a reincidência pode resultar na exclusão da conta.
O YouTube disse ainda que já removeu 850 mil vídeos que violavam as políticas de conteúdo da plataforma sobre o coronavírus desde o início da pandemia.
Recentemente, o Facebook e o Instagram anunciaram que iriam exibir um selo em conteúdos que abordassem tratamentos sem comprovação científica.