Pela primeira vez desde inícios de maio, a Rússia registrou, na quinta-feira, 14, menos de 10 mil novos casos diários de Covid-19. Foram 9 mil 974. Alguns dias atrás, contando 262 mil 843 contágios, segundo a Universidade Johns Hopkins, o país tinha se transformado no segundo com maior número de infectados.
Com 2.418 vítimas fatais oficiais, a sua taxa de mortalidade, porém, continua muito longe dos níveis registrados nos Estados unidos, Itália, Inglaterra, Espanha, Brasil ou Alemanha, entre outros.
As autoridades russas explicam estes números, com mais de 10 mil casos diários registrados durante vários dias, pela sua decisão de realizar testes de maneira massiva, destinados a identificar e isolar também os casos de Covid-19 assintomáticos e os menos graves.
O Escritório Nacional de Proteção ao Consumidor da Rússia (Rospotrebnadzor) assinalou que as autoridades realizaram mais de 6,4 milhões de testes para detectar o coronavírus e nas cidades mais atingidas estão se dobrando os controles. “Mais de 6.4 milhões de testes de Covid-19 foram feitos. E mais de 256.000 pessoas continuam sob observação médica”, explicou o órgão, em comunicado em que se informa ainda que 225.000 provas foram aplicadas nas últimas 24 horas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, anunciou que está contagiado e hospitalizado com uma “pneumonia dupla”. Antes dele, o primeiro ministro Mikhail Mishustin tinha anunciado seu contágio em 30 de abril.
Mais da metade dos casos se registraram em Moscou, onde o isolamento quase geral, em vigor desde finais de março, foi prorrogado até o dia 31 de maio. Os moscovitas devem ter uma permissão para poder circular pela cidade, a não ser para ir ao supermercado, ou quando saiam com crianças durante uma hora.
O governo também determinou o confinamento das pessoas procedentes dos países afetados e reorganizou o sistema hospitalar para atender prioritariamente os casos do vírus.