Após o resultado da sua reeleição à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) telefonou para Jair Bolsonaro e marcou uma conversa, ainda sem data definida.
Na ligação protocolar, que não durou mais do que alguns minutos, Bolsonaro parabenizou Bruno Covas e o convidou para uma reunião na próxima vez que o prefeito de São Paulo fosse a Brasília.
Jair Bolsonaro disse ainda que o encontro poderia acontecer na próxima vez que ele viajar para São Paulo. Bruno Covas não confirmou.
O gesto do prefeito mostra civilidade. Uma vez que tem a maior cidade do país para administrar, precisa estabelecer uma relação o menos conflitiva possível com a esfera federal. Da parte de Bolsonaro, quanta mais ele puder disfarçar a surra que tomou em São Paulo, onde o candidato que apoiou amargou um quarto lugar, ele vai fazê-lo.
Covas se reelegeu prefeito depois de uma disputa no segundo turno contra Guilherme Boulos (PSol). Fez 59,3% dos votos, enquanto Boulos, 40,6%.
Em discurso feito depois da consolidação do resultado da eleição, ele disse que “restam poucos dias para o negacionismo e para o obscurantismo”.
Jair Bolsonaro apoiou Celso Russomanno (Republicanos) na disputa em São Paulo, o que prejudicou o candidato, que começou em primeiro e acabou com 10%, em 4º lugar, atrás de Márcio França (PSB), com 13%.
O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), também telefonou para Bolsonaro.
Paes relatou a jornalistas que disse a Bolsonaro, em tom de brincadeira, que o livrou “do pior prefeito da história da vida dele e do Rio”, Marcelo Crivella, que foi o candidato de Bolsonaro.
No segundo turno, Paes fez 64,07% dos votos, enquanto Crivella fez 35,93%.