País registra mais de mil mortes por Covid-19 há 42 dias. Sete capitais realizam panelaço contra Bolsonaro
O Brasil registrou nesta quarta-feira (3) mais 1.910 mortes por Covid-19, o maior número de óbitos desde o início da pandemia. O recorde anterior foi registrado um dia antes, na terça-feira (2), quando 1.641 vítimas entraram na contagem, segundo os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Ao todo, 259.271 brasileiros perderam a vida para a doença causada pelo novo coronavírus. Este é o 42º dia em que a média móvel de mortes está acima de mil, a sequência mais longa até o momento. Mais 71.704 casos foram confirmados, totalizando 10.718.630.
O país enfrenta a pior fase desde o início da pandemia. Nesta quarta-feira, os registros mostraram 367 óbitos no Estado de São Paulo, 227 em Minas Gerais, 186 no Rio e 179 no Rio Grande do Sul, que lideram as estatísticas absolutas.
O número de mortes reflete a situação caótica registrada em todo o país. Segundo levantamento do Observatório Covid-19 da Fiocruz, 18 estados brasileiros entraram, ou estão sob ameaça, de colapso do sistema de saúde.
Segundo dados da plataforma “Our World in Data”, da Universidade de Oxford, a média móvel de mortes de sete dias do Brasil está acelerando desde o último dia 21 de fevereiro, quando chegou a 4,88 óbitos por 1 milhão de habitantes.
Na última terça, inclusive, a taxa foi de 5,94 óbitos por 1 milhão de pessoas, alta de 21,6%. De acordo com o levantamento, o país está na contramão dos Estados Unidos, México, Índia e Reino Unido.
Em números absolutos, o Brasil fica atrás apenas dos EUA (518.458) no ranking de países com mais óbitos decorrentes da Covid-19, conforme levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Cidades têm panelaço contra Bolsonaro
Ao menos sete capitais registraram protestos na noite desta quarta-feira contra Bolsonaro após o anúncio do recorde de mortes pela Covid-19. Enquanto os brasileiros seguem em luto pelas vítimas da doença, o genocida diz que “criaram o pânico” com relação ao coronavírus.
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Nesta noite, ocorreram protestos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador e em Porto Alegre.
Na capital paulista, foram registrados panelaços na Água Branca, Bela Vista, Paraíso, Vila Mariana, Jardins, Butantã, Pompéia, Cambuci, Pinheiros e Perdizes. “Bolsonaro assassino” e “Fora Genocida” foram as principais palavras dos manifestantes.
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