A CPI deve ouvir hoje o bilionário bolsonarista Carlos Wizard, integrante do chamado “gabinete da sombra”, formado por Bolsonaro para não enfrentar a pandemia como deveria e receitar cloroquina.
O primeiro testemunho de Wizard foi marcado para 17 de junho, mas ele não compareceu.
Ao saber que seria convocado pela comissão, o empresário tentou inicialmente ser ouvido por videoconferência, o que lhe foi negado.
Apesar de ter obtido habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para não responder a perguntas que o incriminassem, o empresário não se apresentou ao colegiado, o que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), definiu à época como um desrespeito “não com a CPI, mas com o STF”.
Ele estava nos EUA e retornou ao Brasil na segunda-feira (28). A Justiça Federal em Campinas (SP) autorizou a retenção de seu passaporte, o que foi feito assim que ele desembarcou no Aeroporto de Viracopos (SP).
A convocação de Wizard foi solicitada por meio de requerimento apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que julga ser essencial “esclarecer os detalhes de um ‘ministério paralelo da saúde’, responsável pelo aconselhamento extraoficial do governo federal com relação às medidas de enfrentamento da pandemia, incluindo a sugestão de utilização de medicamentos sem eficácia comprovada e o apoio a teorias como a da imunidade de rebanho”.
Já foram aprovados, inclusive, requerimentos para quebra de sigilo bancário, telefônico, telemático e fiscal de Wizard.
Com informações da Agência Senado