“O país vai precisar passar por uma reconstrução”, afirmou.
O empresário João Amoêdo, ex-presidente do Novo, disse que Jair Bolsonaro “vai entregar o Brasil destruído” e o país “vai precisar passar por uma reconstrução”.
A avaliação de João Amoêdo é que Jair Bolsonaro traiu seus eleitores e todas as bandeiras que levantou durante a campanha.
“Quando a gente olha as promessas de campanha do Bolsonaro e o que foi feito, o desmonte da Lava Jato, alinhamento ao Centrão, essa história de ataque às instituições, todo o processo que foi feito na pandemia…”, comentou no programa UOL Entrevista.
Amoêdo disse ainda que Jair Bolsonaro levantou a discussão sobre a volta do voto impresso para não ter que enfrentar os problemas da economia e da pandemia.
“Bolsonaro conseguiu transformar algo que não era em problema, o voto eletrônico, em um problema. Ao mesmo tempo, tínhamos um problema enorme, que era a pandemia, e ele disse que não era um problema. Esse é o governante que temos”, afirmou.
“Ele veio para derrotar o PT e vai entregar o Brasil destruído, com o PT fortalecido. Esse é o legado que teremos do Bolsonaro: um país que vai precisar passar por uma reconstrução”, afirmou Amoêdo, que foi candidato à Presidência em 2018.
Jair Bolsonaro também está usando fake news sobre as urnas eletrônicas “para descredibilizar as eleições de 2022, já com receio da perda e atacando o processo democrático”.
Bolsonaro ainda tentou pressionar os parlamentares para aprovarem a PEC do voto impresso com um desfile dos tanques da Marinha, em Brasília, e dizendo que as eleições de 2022 correm risco de não acontecer.
João Amoêdo acredita que os deputados da base governista que eram contrários à volta do voto impresso não apareceram na sessão e não votaram por conta da pressão que iriam sofrer dos bolsonaristas.
“64 deputados não apareceram. Não tenho dúvida que é porque votariam contra e teriam muita pressão contra eles nas redes sociais”, avaliou.
“Muitos dos que votaram a favor já sabiam que não passaria e votaram para sair dessa pressão”, avaliou.
O ex-presidenciável, que é a favor do impeachment de Jair Bolsonaro, falou que o placar na votação da PEC do Voto Impresso (229 a favor, 218 votos contrários) mostra que não “é fácil” derrubar Bolsonaro, “mas não dá para descartar totalmente o impeachment”.