O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que, apesar dos ataques de Jair Bolsonaro ao Judiciário e ao sistema eleitoral, o país não está na antessala de um golpe, pois não vê as Forças Armadas como aliadas à ideia de uma ruptura democrática.
Segundo o veterano político, a postura adotada pelo atual presidente revela mais retórica verbal do que ameaças efetivas à democracia.
“Eu já assisti várias crises. No tempo do Getúlio ou João Goulart era diferente”, lembra.
Para FHC, ao contrário do que houve no passado, atualmente não existe sentimento de ruptura nem na população, nem nas Forças Armadas.
“Com isso, desde que as lideranças que não estejam de acordo com essa possibilidade de fechamento se manifestem, eu não creio que haja viabilidade de fechar. Você consegue fechar um regime político quando você tem as Forças Armadas do seu lado. Eu não creio que exista tendência, nas Forças Armadas brasileiras, de apoio a um golpe militar”, disse em uma entrevista ao Jornal “Correio Braziliense”.
O ex-presidente também não crê que o impeachment de Bolsonaro seja solução, saída que avalia como um processo traumático que não contribui para a democracia de um país. “É preferível que ele fique na presidência e perca no voto”, diz.
Ao descartar seu nome como candidato, ele revelou, no entanto, que gostaria de uma liderança tucana disputando as eleições presidenciais numa eventual “terceira via”.
NÃO SE ENGANE FHC, OS MILICOS TÊM HISTÓRICO DE AVENTURAS GOLPISTAS DESDE 12/11/1823, DATA CONHECIDA COMO A “NOITE DA AGONIA”. COM UM PRESIDENTE GENOCIDA, GOLPISTA E ESQUIZOFRENICO, CRISE INSTITUCIONAL ENTRE OS PODERES E APOIO DE POLICIAIS MAL INTENCIONADOS, A DATA É BEM PROPÍCIA.
A “Noite da Agonia” foi o fechamento da Constituinte por D. Pedro I. O Exército, pelo contrário, durante o Império, foi reduzido até a eclosão da Guerra do Paraguai – que demonstrou a que ponto as nossas tropas tinham sido enfraquecidas.