O governo de São Paulo determinou a volta das aulas 100% presenciais em todas as escolas das redes estadual e particular de São Paulo a partir da próxima segunda-feira, 18. A volta às aulas deixará de ser opcional e passa a ser obrigatória a todos os estudantes que não possuam comorbidades.
“O avanço da vacinação no estado de São Paulo, o estado que mais vacina em todo o Brasil e que lidera a vacinação na primeira dose, segunda dose e dose de reforço, assim como os indicadores de queda da Covid-19, tornam possível e viável a obrigatoriedade dos alunos em sala de aula a partir da semana que vem”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13) no Palácio dos Bandeirantes.
A exceção será para jovens com comorbidades ou alunos com atestado médico, jovens gestantes ou puérperas, segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares. “Continuaremos com as atividades remotas para os alunos que precisarem”, disse o secretário.
Segundo Rossieli Soares, a retomada é importante para combater casos de depressão e evasão escolar entre os estudantes. “Nunca foi visto o que está sendo vivido por essa geração, e a volta às aulas é um passo importante e fundamental”, disse o secretário da Educação do estado.
Em São Paulo, o avanço da vacinação contra a Covid, que atualmente conta com 80% da população adulta com o esquema vacinal completo, motivou o governo do Estado a retomar a obrigatoriedade das aulas. Além disso, 97% dos profissionais da rede estadual da educação já estão com as duas doses da imunização contra a Covid, e 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos já foram vacinados com a primeira dose.
Apesar da ampla vacinação, os protocolos sanitários continuam, como medida de segurança para alunos, professores e funcionários. “Para garantir a segurança do retorno às aulas presenciais, todos os protocolos sanitários, como distanciamento de um metro entre alunos, uso de máscaras e álcool em gel serão mantidos até o final de outubro”, disse Doria.
A partir de 3 de novembro, o distanciamento de um metro entre os estudantes dentro das salas de aula deixará de ser exigido. Para manter o distanciamento de um metro entre os estudantes, era possível levando em conta o revezamento de alunos na modalidade presencial.
Uso de máscaras e álcool gel, além de aferição da temperatura, seguirão como parte do protocolo sanitário até o final do ano, ou quando for necessário, acrescentou o secretário da Educação.
As escolas municipais aguardarão a decisão dos prefeitos se aderem ou não à determinação do estado. “Para isso, deverá ser observada a regra de cada conselho. Para cidades com conselho municipal próprio, poderá haver outra regra. Mas para outros municípios regulados pelo Conselho estadual, deverão seguir essa determinação”, completou Soares.
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), considerou o retorno total às aulas “fundamental para garantir que todos os estudantes tenham acesso à Educação em suas escolas”.
“Na medida em que, graças à vacina, estamos vencendo o coronavírus, teremos que vencer a outra batalha que o coronavírus causou: a evasão escolar. Precisamos reaproximar o estudante da escola”, disse o diretor da UMES, Lucca Gidra.
“A UMES defende que o lugar do estudante é na escola. Vamos lutar pela melhoria do acesso e da qualidade da Educação e pelo avanço na vacinação em crianças e adolescentes”, ressaltou.