Os caminhoneiros autônomos aprovaram estado de greve contra o aumento dos combustíveis, em defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.
Com representantes de todo o país, a decisão foi tomada em assembleia geral durante o II Encontro Nacional dos Caminhoneiros, neste sábado (16), no Rio de Janeiro.
Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí-Rio Grande do Sul e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) afirmou que o movimento dará 15 dias para que as reivindicações sejam atendidas, uma vez que pautas já são de conhecimento “há muito tempo do ministro Tarcísio de Freitas e do governo Bolsonaro”.
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Litti afirmou que o estado de greve é um recado “para o governo Bolsonaro de que o prazo de três anos que ele teve para desenvolver, desencadear, melhorar a vida do transportador autônomo não foi cumprido.”
“Caso contrário, dia 1º de novembro haverá nova paralisação dos caminhoneiros e da sociedade civil organizada que vai vir em apoio a essa categoria que passa por momento de dificuldade nunca visto como em três anos de desgoverno Bolsonaro”, disse Litti.
Os grupos de caminhoneiros autônomos têm ensaiado novas paralisações desde o início do ano, em meio a reivindicações de direitos para os motoristas autônomos e a diminuição do preço do diesel, vendido em média a R$ 4,961, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“A nossa categoria está na beira do abismo. Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º”, disse Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
O presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomo e Celetistas, o deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), que esteve presente no ato de abertura do II Encontro da categoria, afirmou em nota seu apoio à paralisação trabalhadores.
“Por diversos meios é de conhecimento público que a Petrobrás tem praticado medidas com critérios antieconômicas sobre o preço dos combustíveis e derivados de petróleo e gás natural elevando periodicamente os preços do diesel, da gasolina e do gás sem qualquer critério econômico nacional”, afirma Crispim.