Em audiência de conciliação entre a Secretaria Municipal de São Paulo (SMS) e o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), na quinta-feira (27), diante da ameaça de greve da categoria em virtude do desfalque de profissionais de saúde nas UBSs e da falta de condições de trabalho e de atendimento à população, a Prefeitura da capital se propôs a atender imediatamente as reivindicações do sindicato.
Apesar de durante a reunião, mediada pelo vice-presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Guilherme Gonçalves Strenger, ter se chegado a um termo de acordo, em assembleia na tarde de quinta-feira, a categoria decidiu permanecer em estado de greve, por entender que, apesar de acatar as reivindicações, “a prefeitura não se comprometeu com prazos” nem deu “garantias de execução”.
Segundo a Prefeitura, independente da posição aprovada na assembleia, as medidas que visam à melhoria dos serviços de saúde prestados à população e à valorização dos profissionais de saúde serão adotadas.
Com o recrudescimento da pandemia de Covid-19 desde o final de 2021, que vem, mais uma vez, exaurindo o sistema de saúde e as equipes médicas, além da grande quantidade de integrantes das equipes contaminados, que ocasionou um desfalque de profissionais que atuam na linha de frente no combate à Covid-19 nas unidades de saúde da capital, a categoria reivindica mais médicos e melhores condições de trabalho.
Na reunião foi proposto a contratação de 1.539 médicos pelas OSSs (Organizações Sociais de Saúde), o pagamento de horas extras a servidores e profissionais que trabalham para as OSSs e a criação de uma mesa de negociação para a discussão de diferenças salariais existentes entre os profissionais contratados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e os contratados pelo regime de pessoa jurídica.