
A juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, decretou a prisão preventiva do ex-vereador petista na cidade de Diadema Manoel Marinho, o “Maninho do PT”, e seu filho Leandro Marinho pelas agressões contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, na noite de 5 de abril em frente o Instituto Lula, na capital paulista. Eles estão foragidos desde a sexta-feira (11).
Bettoni foi empurrado e chutado em frente ao instituto e bateu a cabeça no para-choque de um caminhão. Ele foi internado com traumatismo craniano. O episódio aconteceu durante um tumulto no local, pouco depois de divulgada a informação sobre a decretação da prisão do ex-presidente Lula, condenado a 12 anos e 1 mês na Lava Jato.
No despacho, emitido na sexta-feira (11), a magistrada justificou a medida como proteção da “ordem pública”. “A liberdade dos acusados geraria, na sociedade, uma enorme sensação de impunidade e a impunidade é um convite ao crime”, afirmou.
“Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso contra a vida, praticado de maneira tão covarde. As imagens demonstraram que a vítima, por diversas vezes, pediu para que os réus mantivessem a calma. Ela ergueu o braço, com a palma da mão aberta e implorou para que eles cessassem as agressões. Ela tentou fugir dos réus, mas infelizmente não conseguiu”, escreveu a juíza.
Débora Faitarone destacou que, após empurrar o empresário contra o caminhão, “mesmo com a vítima caída, com uma poça de sangue que escorria pela sua cabeça em via pública (ela parecia estar convulsionando), os réus afastaram-se do local, demonstrando frieza e total desprezo pela vida humana”.
O Ministério Público de São Paulo pediu o arquivamento do caso em relação ao sindicalista Paulo Cayres, conhecido como “Paulão”, que chegou a ser indiciado.