Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira Oliveira, deve substituir Braga Netto no Ministério da Defesa, que deve ser vice na chapa de Bolsonaro à reeleição
A nova troca no comando do Exército, que pode ocorrer em decorrência da saída do general Walter Braga Netto do Ministério da Defesa para ser vice na chapa de Jair Bolsonaro, não está sendo bem recebida pela cúpula dos militares.
Tudo indica que Bolsonaro já tenha escolhido o general quatro estrelas Marco Antônio Freire Gomes, que atualmente está no Comando de Operações Terrestre, para assumir o lugar do atual Comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira Oliveira, que deve substituir Braga Netto no Ministério da Defesa.
Caso a dança das cadeiras seja confirmada neste formato, será a segunda vez que Bolsonaro ignorará a ordem de antiguidade na escolha do comandante, a exemplo do que fez ao nomear Paulo Sérgio, em março do ano passado. Na ocasião, outros dois generais tinham mais tempo de caserna, mas foram preteridos.
A tradição no Exército é que a escolha dos comandantes obedeça à antiguidade dos generais de quatro estrelas, ou seja, quem tem mais tempo no topo da carreira.
Os generais Marcos Antonio Amaro dos Santos, atual chefe do Estado-Maior do Exército, e Laerte de Souza Santos, que comanda o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, são mais antigos que Freire Gomes. O motivo da escolha, portanto, seria a proximidade com Bolsonaro.
Outro fator de desconforto na cúpula militar é que esta será a terceira mudança no posto em três anos de governo. Militares de alta patente avaliam que a nova troca no Comando do Exército pode passar uma ideia de “banalização” do posto.