
“Temos três ministros (do STF) que infernizam o Brasil”, disse ele. Infernizar, no caso, é impedir seus planos golpistas. Com mais de 660 mil mortes nas costas, ele achou que podia ironizar a China na luta contra a Covid. Detalhe, o pais asiático de 1,4 bilhão de habitantes teve 5 mil mortes. O Brasil, 660 mil
Jair Bolsonaro (PL) não respeita ninguém e nenhuma instituição. Ele afirmou que Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “agem para infernizar” não apenas ele, mas o Brasil. A agressão foi feita em entrevista à TV Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, gravada na última quarta-feira (18) e divulgada nesta sexta-feira (20).
“Temos na verdade três ministros que infernizam não só o presidente, mas o Brasil: (Edson) Fachin, (Luís Roberto) Barroso e Alexandre de Moraes. Esse último é o mais ativo e se comporta como o líder de partido de esquerda e de oposição o tempo todo”, atacou Bolsonaro. Os ataques fazem parte dos planos de Bolsonaro de tumultuar as eleições de outubro e abrir espaço para aventuras golpistas.
O sociopata também fez comentários ofensivos ao presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem endurecido o tom aos ataques feitos ao Poder Judiciário. Ao ser questionado se teria arrependimento por ter apoiado a eleição de Pacheco para o comando do Parlamento, ele chamou o senador de “parcial”. “Não vou negar que apoiei (a eleição de Pacheco), não esperava que ele fosse ser tão parcial como está sendo ultimamente. Não quero atrito com ele, mas uma parcialidade enorme”, disse.
Esses coices todos que está distribuindo têm uma razão. São exatamente essas pessoas que estão balizando os planos obscuros de Bolsonaro de permanência no poder através de um golpe na democracia. Pacheco havia dito, ainda esta semana, que “democracia pressupõe absoluto respeito ao Poder Judiciário”. “Sempre quero deixar claro o nosso compromisso com a democracia, com o estado de direito. E esse compromisso, definitivamente, não se faz sem o absoluto respeito ao Poder Judiciário”, disse, durante evento organizado pelo Conselho da Justiça Federal (CJF).
O presidente do Senado fez a afirmação no exatamente momento em que Bolsonaro agredia de forma irresponsável os ministros do Supremo. Até uma ação foi movida por ele contra o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro alegou que estava sendo vitima de abuso de poder. Em ocasião anterior, Pacheco já havia declarado, sobre a intenção de Bolsonaro de tumultuar as eleições, que “candidato não pode pautar eleição” e que não se pode admitir “sequer uma bravata” relacionada ao fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o cancelamento das eleições e a volta da ditadura militar. Tudo em resposta às falas do “mito”.
O pedido do mandatário contra Moraes foi negado pelo ministro Dias Toffoli. A ação cita, entre outras coisas, a “injustificada investigação no inquérito das Fake News, quer pelo seu exagerado prazo, quer pela ausência de fato ilícito e por não permitir que a defesa tenha acesso aos autos”. Toffoli entendeu que o “simples fato” de Moraes ser o relator do inquérito “não é motivo para se concluir que teria algum interesse específico, tratando-se de regular exercício da jurisdição”. Insatisfeito com a derrota, ele recorreu ao procurador-geral Augusto Aras. O órgão ainda não se posicionou sobre o caso.
Sem perceber o quanto ridículo estava sendo, Bolsonaro usou sua live desta quinta-feira (19) para atacar a China em sua luta contra o coronavírus. Ele, que não controlou a pandemia e estimulou a morte de mais de 660 mil brasileiros (segundo maior número de mortos do mundo), resolveu ironizar a China, um país de 1,4 bilhão de habitantes, que deu uma aula ao planeta de como combater o vírus e teve “apenas” cerca de 5 mil mortes por Covid. Como se não bastasse isso, não parece inteligente ironizar desta forma o maior parceiro comercial do Brasil.
“De poucas semanas para cá, estamos vendo a explosão de casos de covid na China. Não vou fazer juízo de valor: de onde é a Coronavac?”, afirmou Bolsonaro, rindo do país asiático. “Se no país onde nasceu a Coronavac o povo está se contaminando agora em larga escala, o que está acontecendo?”, questionou. A pergunta mostra que Bolsonaro segue até hoje sabotando a saúde pública, a ciência e as vacinas. Se dependesse só dele, que se opôs às vacinas, foi contra o uso de máscaras e divulgou charlatanices, o número de mortes seria maior ainda. A China, ao contrário do que diz Bolsonaro, mostrou um primor de comportamento no combate à Covid-19.
A Coronavac foi desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e não é a única vacina usada contra a covid na China. Os imunizantes produzidos pelos laboratórios Sinopharm e Cansino também são utilizados no país. O Butantan é um dos mais respeitados institutos de pesquisa do país, responsável pelo fornecimento de grande parte das vacinas usadas no país. Bolsonaro não respeita e nem valoriza nada disso.
Como todo bom capacho, ele acha que são boas as coisas que são produzidas nos Estados Unidos. Nada que é feito no Brasil presta para ele. É um completo vira-lata. Demonstrou isso nesta sexta-feira (20) ao atropelar o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, ao entregar o monitoramento da Amazônia para o bilionário americano Elon Musk. Fez isso mesmo sendo alertado de que o monitoramento feito pelas instituições brasileiras é reconhecido como de excelência em todo o mundo.
quando essa cavalgadura(bolsonaro) se refere á “defesa da nossa liberdade”, ele quer dizer a sua liberdade de transgredir, atacar a Democracia e o STF que é o guardião das Leis e da CF , e assim prosseguir com seus intentos golpistas.