A multinacional General Motors anunciou, neste sábado (4), o cancelamento da demissão de 1.245 trabalhadores das fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes. O recuo aconteceu um dia depois do Tribunal Superior do Trabalho (TST) rejeitar o pedido de liminar da montadora para que as demissões fossem mantidas.
Uma reunião entre a empresa e os sindicatos deverá ser realizada na tarde de segunda-feira (6), para formalizar o cancelamento das demissões.
“A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram 13 dias de greve e muita união em defesa dos empregos. Mostramos a força da nossa categoria”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.
GREVE
A produção das três plantas ficou totalmente paralisada nos últimos 13 dias. O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região já havia determinado, no dia 31 de outubro, a reintegração dos funcionários de São José dos Campos e determinou que as demissões não ocorressem sem negociação prévia. Mas a GM entrou com pedido de liminar para manter os cortes. No dia 1° de novembro, a Justiça do Trabalho também havia determinado o cancelamento das demissões nas fábricas de São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.
Ao todo, a GM havia demitido, por telegramas ou e-mails, 1.245 funcionários, sendo 839 em São José dos Campos, 300 em São Caetano – onde são produzidos os veículos – e 105 em Mogi das Cruzes, voltada à produção de componentes.
Na ocasião, a GM alegou necessidade de “adequar” seu quadro de funcionários em razão da queda nas vendas e nas exportações. O grupo emprega aproximadamente 12 mil pessoas nas três plantas. Também tem mais duas fábricas, uma de carros em Gravataí (RS) e uma de motores em Joinville (SC), onde não ocorrem demissões.
ASSEMBLEIA
O Sindicato está convocando os trabalhadores dos três turnos da GM para a assembleia que vai acontecer na segunda-feira (6), às 7h, no bolsão da S10. Avise os companheiros da fábrica e participe!
