
O Ministério da Defesa da Rússia informou, no sábado (25), que, segundo os dados da entidade, o destroyer norte-americano USS The Sullivans chegou ao golfo Pérsico, enquanto um bombardeiro B-1B foi deslocado para a base militar estadunidense no Qatar.
Além disso, o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, alertou que os terroristas da organização Tahrir al-Shams estão preparando uma provocação para depois acusar Damasco de ter usado armas químicas contra a população civil na província síria de Idlib.
“Pelas informações confirmadas simultaneamente por várias fontes independentes, o agrupamento terrorista Tahrir al-Sham [novo nome adotado depois do desgaste sofrido pelo reconhecidamente nefasto bando Frente al-Nusra] está realizando os preparativos para mais uma provocação com ‘uso de armas químicas’ para seguir com as denúncias vazias de que seriam crimes das forças governamentais sírias contra a população civil da província de Idlib”, disse o ministro da Rússia.
De acordo com Konaskenkov, para levar a cabo a encenação de um “ataque químico”, os terroristas transportaram oito reservatórios com cloro para a cidade de Jisr al-Shughur, na província de Idlib.
A Agência Sputnik reforçou, no domingo (26), que o ministério russo divulgou que o Centro Russo para a Reconciliação na Síria dispõe de informações que a Idlib teriam chegado especialistas estrangeiros para encenar o “ataque químico”.
Deste modo, a realização deste plano é destinada a ser um pretexto para os EUA, Reino Unido e França efetuarem um ataque contra as infra-estruturas governamentais na Síria.
Aliás, em seu comunicado, o ministério revelou o local preciso onde está sendo planejada a encenação — se trata de um povoado chamado Kafer Zaita.
De acordo com o major-general Igor Konashenkov, após a encenação estar pronta, os “socorristas disfarçados de Capacetes Brancos” planejariam filmar as cenas para as mídias ocidentais e locais.
“No próprio povoado de Kafer Zaita está se efetuando o treinamento de um grupo de habitantes, transferidos do norte da província, para sua participação de uma encenação de ‘danos’ causados pelas alegadas ‘munições químicas’ e ‘bombas de barril’ supostamente lançadas pelas forças governamentais da Síria, da falsa prestação de assistência pelos socorristas disfarçados de Capacetes Brancos e da gravação de cenas para ulterior divulgação nas mídias em inglês e do Oriente Médio”, comunicou.
Quanto ao prazo para a operação, o representante oficial da Defesa russa assegurou que a provocação se efetuará no decorrer dos próximos dias.
“Planeja-se efetuar um ataque com munições com substâncias tóxicas a partir de lançadores de foguetes nas próximas 48 horas contra o povoado de Kafer Zaita, situado seis quilômetros para sul de Habit”, especificou.
Não é por acaso que o assessor para Segurança Nacional dos EUA, John Bolton declarou, em coletiva no dia 22, que os sírios “devem pensar bem antes de fazer uso de armas químicas contra a população de Idlib”.
Uma desculpa esfarrapada pois usada desde os tempos do ataque montado por Obama e também por Trump para realizar bombardeios há poucos meses. Tentativas desesperadas de defender terroristas que o dinheiro, treinamento e logística não impediram a derrota da agressão contra a soberania da Síria de ponta a ponta do país.