O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, foi preso nesta quinta-feira (8), na operação da PF (Polícia Federal) que investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados tramaram tentativa de golpe de Estado em 2023.
O ápice do golpismo foi a invasão e destruição das sedes do Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
Valdemar foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. O presidente do PL era, inicialmente, alvo de mandado de busca e apreensão na operação Tempus Veriratis, que investiga a tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito no Brasil.
Segundo informações do g1, a arma encontrada na residência do presidente do PL estava com a documentação vencida e era registrada no nome do filho de Valdemar. O flagrante se deu enquanto os agentes da PF faziam buscas em um dos endereços dele.
A PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares na operação Tempus Veritatis. As cautelares incluem a proibição de manter contato com os demais investigados; a proibição de se ausentarem do País, com entrega dos passaportes em até 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.
ALVOS DA PF
Entre os alvos da PF estão, além de Valdemar Costa Neto:
- General da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- General da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do ; e
- Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, apontado como um dos principais nomes do chamado “gabinete do ódio”, instalado no Palácio do Planalto durante a gestão anterior.
PRESOS NA OPERAÇÃO
Até o momento também foram presos na operação Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial do político. As medidas judiciais foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do inquérito das milícias digitais.
Bolsonaro também foi alvo de medidas restritivas. Moraes proibiu o ex-presidente de entrar em contato com investigados e determinou que ele entregue o passaporte, em até 24 horas.
VITIMISMO
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro disse estar sofrendo “perseguição implacável”. “Me esqueçam, já tem outro governando o País”, disse o ex-presidente em chamada por vídeo. Bolsonaro já foi condenado pelo TSE e está inelegível até 2030, por ataques e disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral.