Em assembleia unificada, realizada em frente à Prefeitura, nesta terça-feira (19), os profissionais da Educação municipal de São Paulo decidiram pela manutenção da greve. Após as decisões, a assembleia saiu em manifestação pelo centro da capital paulista até a Câmara de Vereadores, no Viaduto Jacareí. O ato contou com a participação de professores e demais profissionais da educação municipal.
Nesta quarta (20) e quinta-feira (21), os trabalhadores farão uma vigília na Câmara contra a votação do Projeto de Lei (PL) do prefeito Ricardo Nunes, que prevê um reajuste 2,16%, amplamente rejeitado pela categoria.
O presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação do Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Claudio Fonseca, afirmou que a mobilização tem o objetivo de defender os direitos dos profissionais da educação. “A nossa tarefa, e que temos cumprido, é rejeitar o regime de subsídios. Amanhã, quarta-feira, poderá ocorrer a primeira votação desse projeto que dispõe sobre o reajuste e nós não podemos dar trégua, nem ao Executivo, nem ao Legislativo. Vamos para a frente da Câmara, a partir das 14 horas, e vamos apelar a nossos colegas para quintuplicar a quantidade de pessoas presentes hoje aqui, lá na frente da Câmara Municipal”, disse durante a assembleia.
Os profissionais da educação reivindicam como pautas principais a valorização salarial e profissional da categoria, com 39% de reajuste e o fim do confisco previdenciário de 14% sobre a renda de aposentados e pensionista, além de melhores condições de trabalho e escolas seguras.
Os trabalhadores pautam também o fim da política que transforma parte dos vencimentos da categoria em subsídios, que retira parte do salário para fins de cálculo em direitos como os benefícios de quinquênio, benefício de sexta parte e também muda-se os dispositivos para enquadramentos ao longo da carreira.
A mobilização conta com a organização do Sindicato Especialistas Ensino Público São Paulo (Sinesp), Sindicato das Educadoras e Educadores da Infância (Sedin), além do Sinpeem, que convocaram nova assembleia para a próxima segunda-feira (25), dessa vez em frente à Secretaria da Educação, a partir das 14 horas.
