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A enfermeira de origem palestina Hesen Jabr foi demitida do seu emprego no Centro Médico Langone da Universidade de Nova York por ter se referido ao sofrimento das mães de Gaza durante seu discurso de agradecimento ao prêmio que recebeu por seu trabalho com mães que perderam seus filhos durante a gravidez e o parto.
“Dói-me ver como as mulheres no meu país estão sofrendo perdas extremamente dolorosas durante o genocídio que ocorre em Gaza. Por essas razões, este prêmio significa muito para mim. Embora eu não possa segurar suas mãos e confortá-las enquanto choram seus filhos ainda não nascidos e aqueles que perderam durante este genocídio, espero continuar fazendo com que essas mulheres se sintam orgulhosas e representadas por mim aqui na NYU [Langone]. Muito obrigado”, disse Jabr no evento, de acordo com o pequeno trecho do discurso na cerimônia de 7 de Maio que ela publicou nas redes sociais.
DUAS SEMANAS DEPOIS DE TER SIDO PREMIADA FOI DEMITIDA
“No dia 22 de maio, retornei ao meu primeiro turno desde que recebi o prêmio. Assim que entrei na unidade, fui arrastada para uma reunião improvisada com o presidente e o vice-presidente de enfermagem da NYU Langone para discutir como eu ‘coloquei os outros em risco’, ‘estraguei a cerimônia’ e ‘ofendi as pessoas’ porque uma pequena parte do meu discurso foi uma homenagem às mães enlutadas do meu país”, denunciou Jabr.
Acrescentou que foi mandada de volta ao trabalho em seu turno enquanto o hospital passava o dia “pensando” no que fazer com ela.
“Depois de trabalhar a maior parte do turno, fui arrastada mais uma vez para um escritório onde o diretor de recursos humanos, Austin Bender, leu minha carta de demissão e um policial à paisana me escoltou para fora do local”, escreveu.
De acordo com a Fox News, um porta-voz da NYU Langone, Steve Ritea, confirmou que Jabr foi demitida após seu discurso por que já havia sido avisada em dezembro, “para não expressar sua opinião sobre esta questão polêmica e controversa no local de trabalho”.