A Justiça de São Paulo negou um recurso apresentado pelo jornalista Luan Araújo e manteve sua condenação por suposta difamação contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que o perseguiu com uma arma nas vésperas das eleições, em 2022.
A perseguição teve grande repercussão no caso, levando até Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, a se irritar com Zambelli.
Ela é ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimnto ilegal com emprego de arma, mas até agora não foi punida.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a condenação e uma multa de R$ 100 mil. Pede também que Zambelli tenha sua arma apreendida e seu porte cancelado.
Luan Araújo contou, em um artigo que publicou em 2023, sobre a violência que sofreu pela deputada bolsonarista e disse que ela “segue uma seita de doentes de extrema-direita” e que “segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”.
Carla Zambelli entrou com um processo por difamação, que acarretou na condenação de Luan a oito meses em regime aberto. A defesa de Luan apresentou um recurso contra a sentença, mas o juiz responsável, Fabrício Reali Zia, não aceitou sequer analisar o pedido, mantendo a condenação.
Os advogados de Luan disseram lamentar “muito a decisão do magistrado que impediu a análise do recurso. Porém, ainda vamos insistir e recorrer para segunda instância e esperamos a nulidade da decisão que cerceou a defesa do Luan em ter seu recurso julgado”.
Durante o processo, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) tinha avaliado que Luan não havia cometido nenhum crime. Foi depois que ele se recusou a fazer um acordo com Carla Zambelli que o órgão mudou de posição e passou a pedir sua condenação.