O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, debochou da decisão da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, ao dizer que medidas contra a violência política foram “puxão de orelha” para outros candidatos, mas não para ele.
Desde o começo das eleições, Pablo Marçal tem mentido sobre seus adversários e provocando-os violentamente durante os debates.
Marçal falou que Guilherme Boulos (PSol) era usuário de cocaína, usando um processo que envolve outra pessoa, mas não seu adversário.
Depois, disse ao vivo que José Luiz Datena (PSDB), também candidato a prefeito, era estuprador. Foi por essa provocação que Datena revidou com uma cadeirada contra Marçal.
Na segunda-feira (23), em outro debate, Pablo Marçal usou seu tempo no microfone para xingar o atual prefeito Ricardo Nunes. Um de seus assessores, Nahuel Medina, deu um soco na cara do marqueteiro de Nunes, Duda Lima.
A ministra Cármen Lúcia disse que “há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha deem-se ao respeito. E se não se respeitam, respeitem a cidadania brasileira, que ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática”.
A presidente do TSE disse à Polícia Federal e os Tribunais Regionais Federais (TRF) devem ter “celeridade” na investigação e julgamento em casos de violência política.
Marçal decidiu ignorar seu envolvimento na degradação do debate político e no crescimento da violência política em São Paulo e dizer que a fala de Cármen Lúcia foi direcionada a Datena e a Duda Lima.
“Eles precisavam ouvir esse puxão de orelha de uma representante da Suprema Corte”, falou.
Depois da cadeirada que levou de Datena, Pablo Marçal publicou em suas redes sociais vídeos em que ele aparece usando máscara de oxigênio e sendo levado às pressas ao hospital. Segundo os médicos, não houve qualquer lesão grave.
