O candidato à reeleição para governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à TV Globo, que retomará o crescimento do estado com a geração empregos. “Nós vamos voltar a estimular o crescimento aqui, gerando emprego, gerando renda, novos negócios”, disse França.
“É daqui que nós vamos encontrar a solução. Como foi na greve dos caminhoneiros. Todo o Brasil parou. De onde saiu a solução? Daqui de São Paulo. Das nossas mãos”, acrescentou.
O governador chamou a atenção para a gravidade do momento em que vive o Brasil e disse que São Paulo vai cumprir um grande papel para tirar o país da crise. “Depois de 1º de janeiro nós vamos ter que ter união. Eu convivo com todos. Tenho uma boa relação e acho que o Brasil precisa de alguém que possa cumprir esse papel. Isso vai se dar por São Paulo”, observou. “As pessoas vão ter que voltar a falar”, disse França.
Perguntado se ele é o herdeiro político de Geraldo Alckmin, Márcio França disse que foi leal ao governador, deu seu apoio no primeiro turno, mas que Alckmin é do PSDB e que o partido tem candidato. “Não sou [herdeiro político de Alckmin] porque aqui em São Paulo o 45, que é o PSDB, é o partido do Doria”.
“Ele [Doria] tentou o tempo todo dar uma rasteira no Alckmin, ficou o tempo todo numa coisa absolutamente ruim. Isso não é didático”, explicou. “Por falar em didática. Hoje é dia dos professores. E um professor não ensina seu aluno a fazer isso que ele fez. Um pai não ensina um filho a fazer isso, a descumprir compromissos a dar rasteira na pessoa que te ajudou, que te deu a mão”, apontou França.
“Eu vi o Geraldo Alckmin chorar. Eu não me conformo com isso. As pessoas não podem fazer isso. Não é normal fazer isso”, prosseguiu o governador. “Outro dia o Alckmin chamou o Doria de impostor, hoje o Fernando Henrique falou a mesma coisa. Isso por que? Porque ele não constrói relações verdadeiras. Na vida você escolhe se você vai ter caráter ou não vai ter caráter. Você vai falar a verdade ou vai faltar com a verdade”, ponderou.
Ao falar dos apoios que vem recebendo no segundo turno, entre eles Paulo Skaf e o Major Olímpio, França disse que isto ocorre porque ele tem palavra. “Aqui em São Paulo nós juntamos todas as pessoas do nosso lado. E por que não ficou ninguém do lado do Doria? Ele não tem um único amigo de três anos, de cinco anos, de dez anos. Todo mundo foge do Doria. Alguma coisa está errada. Parece uma candidatura gangorra”, criticou Márcio França.
Sobre problemas na segurança, ele foi categórico. “Nós temos que mudar a segurança. Isto está claro. Desde que eu assumi, eu fiz diversos gestos de apoio aos policiais que precisam ter salários adequados, os melhores do Brasil. Isso porque São Paulo tem maior orçamento”, destacou.
“Autorizei que os sargentos saíssem com fuzil. Eu não consegui fazer tudo o que eu queria, mas só o fato de eu dar apoio, como eu fiz naquele caso da policial, daquela homenagem. Um gesto de fazer uma homenagem a uma moça que reagiu ao assalto produziu nos policiais uma elevação da auto estima. Olha, ele está conosco, o governador está conosco”, observou. “O resultado foi que os menores índices de toda a história de SP foram obtidos agora, nesses meses que eu estou no governo”, disse o candidato.
Márcio França falou de saúde, elogiou o empenho dos funcionários e falou de habitação. Disse que Estado tem orçamento para enfrentar a falta de moradia. Ele reafirmou que “todo o funcionalismo público de São Paulo vai ter o reajuste de 25%”. Ele disse que isso é necessário “porque durante três anos eles ficaram sem atualização monetária”. “Isso é errado. É injusto você deixar ele congelado três anos enquanto todo mundo teve algum tipo de sobrevivência”, observou França.
SÉRGIO CRUZ
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