O candidato do PSC ao governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, falou sobre não ter declarado à Justiça Eleitoral que é sócio de duas empresas. Durante entrevista nesta terça-feira (16), ao jornal RJ2 da Rede Globo, o ex-juiz disse que se tratou de um “mero esquecimento”, e que as empresas estão inativas.
“As empresas estão inativas. Então, como a empresa está inativa, foi um mero esquecimento. Então, já está sendo retificado. Isso daí é absolutamente irrelevante”, afirmou o candidato.
Entretanto, no site da Receita Federal as duas companhias de Witzel constam como ativas.
Na HW Witzel Produções e Participações, aberta em 17 de outubro do ano passado, Witzel e a mulher Helena Alves Brandão são os sócios. A empresa tem capital social de R$ 100 mil. A atividade econômica é “Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas”. Já na W & W Servicos Educacionais S/C Ltda, aberta em 2002, Witzel é o único sócio.
A assessoria do candidato diz que a empresa W & W Serviços Educacionais ofereceu serviços na área de educação no passado. Segundo a assessoria, “o que o advogado da campanha informou é que ela aparece porque não foi fechada, encerrada, mas qualquer empresa sem atividade por mais de um ano está inativa”.
Já a empresa HW Witzel, de acordo com a assessoria, foi formalizada em 2018, para a produção de eventos, mas ainda não iniciou suas atividades.
Witzel também foi questionado sobre o vídeo em que ensina a outros magistrados como burlar a Justiça para acumular uma gratificação adicional de R$ 4 mil. No vídeo, o agora candidato, contra a “engenharia” realizada. “Expulsei o juiz substituto da minha Vara”, disse o ex-juiz à platéia.
O candidato justifica o conteúdo afirmando que a lei prevê a concentração de rendimentos e que a regra permite que contemplar um juiz e promotor que estiverem e quiserem acumular vencimentos adicionais.