Neste 7 de setembro a questão da soberania nacional incendiou os corações dos brasileiros. Mas não foi como um raio que caiu do céu azul. A coisa já estava à flor da pele. O repúdio geral aos juros na lua, a falta de investimento público, o salário mínimo de fome atrofiando o mercado interno, intuitivamente, já vinham sendo creditados a uma conivência do governo com os cartéis internacionais e os parasitas financeiros.
A traição à Pátria dos Bolsonaros, já derrotada nas eleições passadas, e escrachada pela continência (ou incontinência) à bandeira do opressor, os EUA, colocou em evidência que o próprio estado colonial é quem aprisiona o desenvolvimento autônomo da nação.
O fascismo, como do tipo bolsonarista, é, nos países periféricos, necessariamente, entreguista, assim como a luta pela democracia é, antes de tudo, a luta contra o sub desenvolvimento, contra a miséria e a dependência externa. A luta contra a opressão nacional, é o centro da luta democrática.
A questão da chantagem das tarifas feita por Trump é criminosa. Mas não existe soberania nacional na política neoliberal. Não existe soberania sem um programa de desenvolvimento, sem um estado forte, sem indústria, sem um mercado interno pujante. Muito menos, socialismo.
CARLOS PEREIRA
