Três meses após a operação do Bope que resultou na morte de Herus Guimarães Mendes, de 23 anos, durante uma festa junina no Morro Santo Amaro, Rio de Janeiro, o coronel Aristheu de Góes Lopes, exonerado do comando da corporação em virtude do episódio, foi nomeado para um novo cargo na Polícia Militar.
Embora afastado do posto de comando do Bope em decorrência da repercussão negativa do ocorrido e da apuração de responsabilidades, Lopes assume agora a função de superintendente dentro da PM.
Familiares e apoiadores de Herus criticam a nomeação, vendo nela descaso com o sofrimento causado pela morte do jovem e questionando a responsabilização institucional do caso. A transferência de cargo suscita debate sobre disciplina interna, transparência e os mecanismos de controle sobre atos policiais, especialmente em operações com desfecho fatal.
Até o momento, não há confirmação pública de medidas suplementares tomadas para apurar condutas ou responsabilizar possíveis erros operacionais associados à ação que levou à morte de Herus.
