A Sabesp vai aumentar de 8 para 10 horas a redução da pressão no abastecimento de água em São Paulo. A mudança começa na próxima segunda-feira.
A medida foi anunciada pela empresa e pelo governo de São Paulo na sexta-feira (19), com a justificativa de baixo volume dos mananciais que abastecem a capital e região metropolitana.
A ampliação de 8 para 10 horas no tempo de baixa pressão no abastecimento, que agora será das 19h às 5h, vai aumentar ainda mais o impacto que já vinha causando no dia a dia dos moradores da periferia, quando foi aplicado desde o fim de agosto das 21h às 5h, já que a maioria dessa população, por disporem de caixas d´água menores, acabam ficando sem reserva e, literalmente, têm que conviver com torneiras vazias durante a noite.
Como afirmou à reportagem do G1 o morador do Itaim Paulista, no extremo Leste da capital, Paulo Roberto: “Todos os dias eu chego por volta das 22h30, e a água encerra literalmente, ela vai gradativa e zera. Passa esse período e só no dia seguinte, por volta das 4h30, ela retorna. Se esse período de seis horas já perdura, imagina se acontece durante oito horas? São duas horas a mais de ausência de água. É isso que nos perturba “, diz Paulo.
Entre as medidas anunciadas, além da ampliação no tempo de gestão de demanda noturna (GDN), haverá gerenciamento de pressão durante o dia, o que significa diminuir a pressão de água nas tubulações, o que pode deixar especialmente os moradores de bairros mais altos e longe do centro, sem água. A estratégia foi definida pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), integrante do Comitê de Integração das Agências para a Segurança Hídrica, junto com a SP Águas.
