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Para Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, ex-governador do Ceará e atual senador pelo Estado, o Senado deve ser “um guardião intransigente dos mais caros valores da nação: a democracia, os direitos humanos, a livre iniciativa e o valor social do trabalho, como dita a Constituição”.
“Nas relações com os poderes, o Senado deve ser altivo e independente, mas jamais um retroalimentador de crises”, destacou.
Na última sexta-feira (4), Tasso publicou um artigo no jornal O Povo, intitulado “O Senado dos novos tempos”, no qual discute os reflexos das eleições de outubro no Senado. Tasso foi eleito senador em 2014 pelo Ceará e será candidato à Presidência da Casa em fevereiro, quando se encerra o mandato do senador Eunício de Oliveira (PMDB).
“O cidadão manifestou repúdio à velha política – corrupção, fisiologismo e toma-lá-dá-cá nas relações entre os poderes. Aos eleitos, cabe fazerem valer esse manifesto, de construir o novo a partir de novas bases. Aos senadores que ficam, cabe entenderem a necessidade da mudança”, apontou o senador. “Agora, é hora de renovarmos as práticas, sob pena de – mais uma vez – perdermos uma oportunidade histórica”.
“Há de se reconhecer, porém, que em um país dividido, como se mostrou o Brasil antes e após as eleições, mudanças devem ser conduzidas com serenidade. Se as paixões permanecem na sociedade, ao Senado compete, como instância moderadora, promover o equilíbrio entre os poderes e instituições. Frente aos conflitos de interesses e diferentes visões de mundo em disputa, devemos estar a serviço da conciliação e buscar a convergência em torno dos interesses maiores da nação”, afirmou.
Segundo ele, “historicamente, o Senado tem exercido um papel de equilíbrio e, sobretudo, de superação de crises e conflitos. No Brasil de hoje, tais atributos são artigos de primeira necessidade”.
“A história do Senado lhe impõe autoridade e cobra sabedoria. Que compreendamos a grandeza de nossa missão, que possamos usar de tais atributos para ajudar a construir, em novas bases, o Brasil que todos nós, há tanto tempo, almejamos”, concluiu Tasso.