Na capital gaúcha, quatro mil estudantes participaram do ato de 28 março, contra o projeto “Escola Sem Partido”, contra a reforma da Previdência e o fechamento de escolas.
O protesto contou com a convocação da União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES), da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Porto Alegre (UMESPA), de juventudes partidárias, como a Juventude Pátria Livre, a União da Juventude Socialista e o Movimentos Juntos. A passeata reivindicava ainda a permanência do meio passe estudantil, que está sob ameaça na cidade.
Vitória Cabreira, presidente da UMESPA, disse que “dentro das escolas, vamos convencer os estudantes e na rua vamos convencer toda a população de Porto Alegre a ser contra os retrocessos propostos por Eduardo Leite”.
No ato, criou-se informalmente a Frente Parlamentar Contra o Fechamento de Escolas, na presença das deputadas estaduais Luciana Genro (PSOL) e Juliana Brizola (PDT).
Juliana, falando com os estudantes, disse que “são vocês que podem barrar este crime que está acontecendo no nosso estado desde o começo do governo Sartori e se estendendo no governo Leite, que é o fechamento de escolas. Precisamos da rebeldia da juventude para todas as nossas lutas. É o meio passe, é contra o fechamento de escolas, é contra esta reforma nefasta da previdência, que quer tirar direito do trabalhador”.
“Conto com vocês para que na Assembleia Legislativa para que possamos barrar tudo aquilo que Eduardo Leite quer fazer de mal pro estado. O povo quer ter voz, quer ter vez, e é a juventude deste estado que vai barrar todas as reformas que são nefastas e contra o povo brasileiro”, afirmou, instalando a Frente Parlamentar Contra o Fechamento de Escolas.
Para Luciana, “o grande desafio é impedir os retrocessos. “Hoje celebramos tristemente os 51 anos do assassinato do estudante Edson Luiz. E isso acontece justamente quando o Governo Federal, encabeçado por Bolsonaro, está querendo homenagear o golpe militar nos quartéis de nosso país. Não aceitaremos esta política de volta à ditadura, não aceitaremos essa política de louvar torturadores, que cometeram crimes contra a humanidade, como foi o assassinato de Edson. Ao invés de aceitar apoios ao golpe, queremos é mais democracia”, disse.
“Ao invés de ‘Escola Sem Partido’, queremos escola sem mordaça, escola sem censura, escola na qual o estudante tenha poder e tenha voz. Queremos um espaço escolar onde a juventude possa se expressar, onde o professor possa ensinar livremente”.
“Estamos junto para defender os direitos dos trabalhadores e do povo pobre, que é sempre quem é chamado a pagar a conta da crise neste país. Fechar escola, abrir prisões é crime contra a humanidade”, concluiu a psolista.
Veja o vídeo do ato: