O deputado federal Darcísio Perondi (MDB-RS) e outras nove pessoas tiveram R$ 1,1 milhão bloqueados pela Justiça por ter extorquido pacientes do SUS em hospital público no Rio Grande do Sul.
Perondi, enquanto diretor do Hospital de Caridade de Ijuí, junto com médicos e funcionários, cobrava de pacientes por consultas que deveriam ser gratuitas por conta do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2004 eles foram condenados em primeira instância pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Foram condenados em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Um recurso tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do deputado federal, foram condenados no mesmo processo João Antônio da Silva Stucky, Fernando Vargas Bueno, Élvio Gonçalves Silveira, Edemar Paula da Costa, Bruno Wayhs, Áureo Paulo Zimmermann, Armindo Pydd, Adônis Dei Ricardi, Francisco Coutinho Kubaski.
A desembargadora do TRF-4 Marga Tessler determinou o bloqueio de um total de R$ 1.164.144,44 entre os dez condenados, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
“Diante do panorama fático e jurídico apresentado, e militando em face da coletividade e da presunção de perigo de dano, entendo que devam ser constritos os bens dos agravados”, afirmou a juíza em sua decisão.