A terça-feira começou com protestos em diversas cidades brasileiras contra os cortes na Educação e contra a reforma da Previdência. Até às 12h, 35 cidades de 14 estados e do Distrito Federal já tinham protestos acontecendo. Os atos foram convocados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), sindicatos de trabalhadores da Educação e entidades dos movimentos sociais.
O governo Bolsonaro vem editando sucessivos cortes no orçamento do Ministério da Educação. Até o momento R$ 6,1 bilhões já foram limados da pasta. Desde maio, esta é a terceira mobilização nacional em defesa do setor, levando milhões de pessoas às ruas em defesa da Educação.
Em todos os protestos foram vistos cartazes contra o projeto ‘Future-se’, que prevê a privatização das universidades federais por meio de Organizações Sociais, fundos de investimento privado e outras atrocidades. O projeto já foi rejeitado pela maior e mais antiga instituição federal de ensino superior, a UFRJ.
FORTALEZA
Em Fortaleza, no Ceará, uma grande manifestação começou por volta de 9h, Os participantes saíram em passeata pela Avenida 13 de Maio, no bairro Benfica e seguiram em direção ao Centro de Fortaleza. O trânsito na avenida ficou bloqueado durante a passeata.
Logo após a passeata, os manifestantes seguiram até a Praça da Bandeira, no Centro, onde permaneceram com o ato. Os participantes levaram faixas e utilizam um carro de som para dizer palavras de ordem contra o Governo Federal.
Segundo os organizadores, participam da manifestação estudantes, professores e profissionais ligados à educação pública. O protesto foi convocados por sindicatos e entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estudantil de Fortaleza (UNEFORT).
SALVADOR
Na capital baiana, Professores, estudantes, centrais sindicais e sociedade civil também realizaram na manhã desta terça-feira (13), no Centro de Salvador, um protesto contra os bloqueios de recursos da educação e contra a reforma da Previdência.
A concentração começou por volta das 9h, no Largo do Campo Grande. Às 10h, os manifestantes foram para a rua e ocuparam toda a via. A manifestação seguiu para a Praça Castro Alves. O trajeto tem aproximadamente dois quilômetros.
Acompanhados de um trio elétrico, o grupo exibiu cartazes, faixas e gritaram palavras de ordem.
DISTRITO FEDERAL
Na capital federal, estudantes, professores e lideranças indígenas de todo o país se reuniram na Esplanada dos Ministérios, área central de Brasília, Logo pela manhã os manifestantes fecharam três faixas da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) com pneus em chamas.
Às 10, os manifestantes fechavam três faixas da via S1, no Eixo Monumental, na altura da Rodoviária de Brasília. A interdição ocorreu enquanto os integrantes do protesto caminhavam em direção ao Congresso Nacional.
Quando os manifestantes alcançaram o gramado próximo à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, por volta das 11h, o trânsito foi liberado.
A Universidade de Brasília (UnB) e a Associação dos Docentes (ADUnB) aprovou a participação dos professores da instituição na manifestação. Com isso, as aulas foram suspensas nesta terça-feira.
O Sindicato dos Professores do DF convocou as escolas públicas a paralisarem as aulas nesta terça-feira. Até as 10h, a Secretaria de Educação ainda não tinha um balanço do número das instituições atingidas.
CAMPINA GRANDE
Em Campina Grande, na Paraíba, o dia também começou com protesto pela Educação e aposentadorias. Diferentes categorias se reuniram em diferentes pontos da cidade para sair em caminhada e se encontrarem na Praça da Bandeira, no Centro da cidade.
A manifestação teve início às 8h, com concentração de estudantes em frente à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Por volta das 9h30, os participantes seguiram em caminhada até a Praça da Bandeira.
Aulas foram suspensas na Paraíba pela mobilização no ato nacional contra os cortes na Educação.
Os estudantes e professores da educação básica, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab-PB), se concentraram em frente à Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) para caminhar até a Praça da Bandeira.
Já os estudantes e professores do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) se reuniram em frente ao Teatro Severino Cabral e também seguem para o ato na Praça da Bandeira.
Todas as entidades que participam do Comitê Municipal em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras e das Liberdades Democráticas e as representações do movimento estudantil compuseram o ato desta terça-feira.
Além dessas cidades, houve protestos em Maceió (AL), Teresina (PI), Aracaju (SE), Macapá (AP), Campos Grande (MS), Três Lagoas (MS), Dourados (MS), Santa Maria (RS), São Carlos (SP), Campinas (SP), Sorocaba (SP), Piracicaba (SP), Feira de Santana (BA), Cascavel (CE), Iguatu (CE), Sobral (CE), Caruaru (PE), Rondonópolis (MT), Tefé (AM), Ribeirão Preto (SP), Gravatá (PE), João Pessoa (PB), Osasco (SP), Viçosa (MG), Viamão (RS), Sapucaia (RS), Porto Seguro (BA) e Caruaru (PE). Para a tarde estão marcadas diversas manifestações pelo o país.
Em breve novas informações.
Veja imagens dos atos por todo o país: