Os senadores Randolfe Rodrigues e Fabiano Contarato, ambos da Rede, protocolam na quinta-feira, 22, no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles por crime de responsabilidade de perseguição a agentes públicos responsáveis por fiscalização de danos ao meio ambiente.
No entendimento dos senadores, o ministro cometeu crime de responsabilidade em suas decisões no cargo, além de atos incompatíveis com a função, ao perseguir agentes públicos.
As denúncias vieram dos próprios servidores que entregaram representações ao Ministério Público de seis estados. Elas foram enviadas pelas associações de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pará, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins.
Em junho, servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que atuam em seis Estados e no Distrito Federal enviaram representação ao Ministério Público Federal (MPF) em que pedem que o órgão apure a conduta do ministro do Meio Ambiente. Eles acusaram Salles de adotar práticas de “assédio moral coletivo”.
Neste ano, três diretores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), pediram exoneração. O então presidente do órgão, Adalberto Eberhard, já havia pedido exoneração, após o ministro determinar a abertura de um processo administrativo contra funcionários do ICMBio do Rio Grande do Sul, que, segundo ele, deveriam estar em um evento, mas não estavam – os funcionários afirmam que sequer foram convidados para a cerimônia.
Os exemplos de arbítrio são mais do que evidentes. O ministro Salles mandou exonerar, por exemplo, Fernando Weber, que chefiava o Parque Nacional Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, depois de uma reunião que fez no local com produtores rurais.
Bolsonaro desrespeitou o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o cientista renomado Ricardo Galvão, provocando a sua demissão, pelo simples fato do órgão ter feito a sua obrigação e divulgado dados científicos de aumento do desmatamento na região amazônica.
Ricardo Sales faz tudo o que o Bozo determinar, mesmo sabendo que está tudo errado, portanto, ele age como um jagunço e não como ministro.