O número de mortos devido ao surto de coronavírus nos Estados Unidos, chegou a 728. A aceleração da doença se agrava e, de acordo com dados do CDC (Centro de Controle de Doenças), Hospitais e Centros de Saúde, levantados pelo jornal New York Times, já foram identificadas 53.934 pessoas infectadas (dados da quarta-feira pela manhã).
Entre todos, o Estado de Nova Iorque é o mais afetado. 25.665 atingidos foram identificados e já aconteceram 218 óbitos.
Em poucos dias, ficou claro que o vírus se espalharia com rapidez. Foram acelerados os testes, começaram a ser identificados casos na cidade de Nova Iorque.
O governador, Andrew Cuomo, orientou o fechamento de lojas, bares e outros negócios e chamou médicos aposentados a voltarem ao trabalho. O prefeito Bill de Blasio passou a alertar para a insuficiência de máscaras e respiradores e pedir mais apoio em equipamentos por parte do governo federal.
Crescimento exponencial começa a se verificar em vários Estados. Funcionários no Estado de Nova Jersey informam que a cada dia a novos casos às centenas, da mesma forma o número de casos começa a crescer no Estado de Luisiana.
Estes são os Estados mais atingidos além de Nova Iorque: Nova Jersey (3.675 detectados, 44 mortos); Califórnia (2.644 detectados, 52 falecimentos); Washington (2.469 infectados, 123 óbitos), Michigan (1.783 atingidos e 24 falecidos) e Flórida (1.456 detectados e 19 mortes).
As mais importantes entidades médicas dos Estados Unidos somaram-se ao esforço pelo isolamento social condensando a importância dessa medida na sentença: “Fiquem em casa”.
“Ficar em casa neste momento urgente é nossa melhor defesa para virar a maré contra o Covid-19”, diz a carta conjunta firmada pelas entidades American Hospital Association, American Medical Association e American Nurses Association (Associação Hospitalar Americana, Associação Médica Americana e Associação dos Enfermeiros Americanos).
“Médicos, enfermeiros e profissionais da Saúde estão no trabalho por vocês. Fiquem casa por nós”, prossegue o documento.
A carta tem base nas orientações de especialistas em todo o mundo que determinam que ficar em casa e evitar contato com outrem é crucial para tornar mais lenta a propagação da doença e evitar que os hospitais se tornem superlotados com um pico de casos.
“O distanciamento físico e a permanência em casa são fundamentais para tornar mais lenta a propagação do novo coronavírus, para dar tempo aos médicos, enfermeiros na linha de frente, para lhes dar as melhores chances para lutarem, ter equipamento, tempo e recursos necessários para este imenso desafio”, diz a carta, que segue: “Os que contraem Covid-19 são a sua família, amigos e entes queridos”.
A carta levanta ainda as exceções: “É claro que, aqueles necessitados de atendimento médico urgente, mulheres grávidas, devem procurar o tratamento necessário. Todos os demais devem ficar em casa”.