O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tornou-se alvo das notícias falsas nas redes sociais bolsonaristas após reafirmar a quarentena contra o coronavírus no estado e rejeitar o relaxamento das medidas de restrições.
Para o governador, as fake news partem do “gabinete do ódio” bolsonarista. “Aqui no Pará seguimos firmes na luta contra o novo coronavírus e também contra fake news”, afirmou o governador pelo Twitter.
Além de não ceder parcialmente na quarentena, Helder pretende anunciar uma escala progressiva de restrições. Recentemente ele determinou a proibição de viagens entre municípios no feriado da Semana Santa.
Na última fake news contra o governador, uma nota dizia que o governo iria “colocar presos para monitorar a população na quarentena”.
A nota bolsonarista distorceu uma medida de ressocialização do governo paraense. A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) do Pará colocou 30 detentos para pintarem marcações no chão dos pontos de ônibus da região metropolitana para marcar distâncias de 1 metro e orientar a população a manter afastamento, evitando aglomerações na crise do coronavírus.
“O #ParadaSinalizada está possibilitando a pintura no chão de 150 paradas de ônibus de Belém e RMB para manter o distanciamento social, um importante trabalho dos custodiados da Seap que está sendo essencial para a luta contra a Covid-19, de forma responsável e humanizada”, comentou o governador.
Na sexta-feira (10), o governador entregou o maior hospital de campanha para tratamento do coronavírus em funcionamento no país, com 420 leitos. O hospital está localizado no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
No final de março, quando a pandemia avançou exponencialmente, o governador paraense criticou o imobilismo do governo federal e a sabotagem contra a quarentena praticada por Bolsonaro.
“Nós vamos fazer aquilo que cabe ao governo do estado e não vou pedir licença para presidente para ministro, para ninguém para proteger os paraenses”, respondeu Helder Barbalho, ressaltando que “se quiserem ajudar, serão muito bem vindos, mas eu não vou ficar esperando que eles decidam o que fazer enquanto as coisas estão acontecendo”.
Até o sábado, o Pará tinha 237 casos confirmados de coronavírus e 13 mortes.
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