O ministro da Saúde da Guatemala, Hugo Monroy, denunciou que os Estados Unidos enviou um voo em que 75% dos cidadãos deportados ao país centro-americanos estavam acometidos do Covid-19. “Há um voo em que por medidas de segurança e por ser um dado sensível não direi qual é, mais de 75% deu positivo”, acrescentou Monroy, alertando que se não fossem as deportações, o país contabilizaria um número muito menor de casos de coronavírus.
“O que posso dizer é que sim, houve um aumento nas cifras de deportados contaminados. Não é que os tenhamos que estigmatizar, mas falar realisticamente. A vinda de deportados contaminados tem aumentado os casos”, frisou.
Ao alertar que os EUA converteu-se no “Wuhan da América”, o epicentro da pandemia no continente, o ministro fez uma solicitação, no início de abril ao presidente Alejandro Giammatei, para que incluísse o problema nas negociações com Washington. Apesar de informado sobre o número de casos positivos de Covid-19 entre os deportados, submisso a Trump, o presidente guatemalteco contradisse o ministro e disse que não havia nenhum, pois os Estados Unidos certificavam que os deportados não eram portadores do vírus.
Um mês após detectar o primeiro caso positivo de coronavírus no país centro-americano, já somam oficialmente as 180 pessoas contaminadas, 18 recuperadas e cinco falecidas, mas há denúncias de subnotificação em termos de anúncios de infectados e vítimas fatais.