O vice-líder do governo afirmou que o juro do BC “impacta todos os setores, inclusive a indústria”. “Precisamos de juros mais baixos”, disse
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), denunciou a política nefasta de juros altos praticadas pelo Banco Central e cobrou, em seu Twitter nesta sexta-feira (7), a redução imediata da taxa Selic.
“Nós precisamos de mais crescimento. Precisamos de juros mais baixos”, disse ele, ao pedir que o Senado tome providências em relação à insistência do presidente do Banco Central em sabotar a economia.
“Quando as pessoas compram menos, as fábricas produzem menos, gera menos emprego e menos renda na medida em que a economia não vende. Então, a política do Banco Central só é boa para quem vive na especulação financeira, para quem ganha com juros altos, mas é ruim para os trabalhadores, é ruim para a população e é ruim para o setor produtivo do país. Só quem ganha são os bancos”, apontou o parlamentar.
Renildo, juntamente com lideranças de nove partidos políticos, esteve na quinta-feira (6) com o presidente do Senado para solicitar providências da câmara alta em relação à teimosia de Roberto Campos Neto de manter juros extorsivos quando a inflação está em queda. Para muitos economistas e integrantes do governo, os juros reais estão subindo, já que a inflação está em queda e Campos Neto mantém juros nominais em 13,75%.
“Esses juros altos têm afastado as pessoas do comércio. Quando o comércio enfraquece, porque as coisas estão muito caras, o financiamento está muito caro, isso diminui a atividade comercial que impacta todos os setores, inclusive a indústria”, argumentou o deputado.
O vice-líder explicou que o documento foi entregue ao presidente do Senado, pois é a Casa responsável pelo acompanhamento do desempenho do Banco Central. A Lei de Autonomia do BC prevê que o presidente do órgão deve apresentar no Senado a cada seis meses “em arguição pública relatório de inflação e relatório de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior”.
“Há uma movimentação intensa no Parlamento e na sociedade brasileira buscando que os juros baixem no Brasil. Nós temos a mais alta taxa de juros do mundo e isso tem sido um entrave para o crescimento da nossa economia. Então, esse é mais um movimento que nós fizemos, porque cabe ao Senado Federal acompanhar o desempenho do Banco Central e se ele está cumprindo as prerrogativas que lhe cabem, as funções que lhe cabem, aquilo que está estabelecido como meta para o Banco Central”, explicou Renildo.
“Precisamos de juros mais baixos o mais rapidamente possível. Para isso ajudar que a economia brasileira e o país possa se desenvolver. Essa vinda do presidente do BC ao Senado é uma oportunidade de ele explicar porque o Brasil tem as mais altas taxas de juros do mundo”, destacou o deutado.
A comitiva que foi pedir providências ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contou com a presença de líderes partidários do MDB, PSD, PCdoB, PT, PV, PSol, PSB, PDT e Rede. Eles entregaram ao presidente do Senado, um pedido de apuração sobre a política monetária do Banco Central.