ABI cobra apuração e punição de agentes da PRF que ‘assassinaram Genivaldo a sangue frio’

Antes de ser jogado na câmara de gás improvisada, Genivaldo foi brutalmente imobilizado pelos policiais - Foto: Reprodução/Redes sociais

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu nota condenando os policiais queassassinaram a sangue frio” Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe.

“Atos como esse, que horrorizaram o país, caracterizam um inconcebível desvio de função da Polícia Rodoviária Federal e jogam no lixo os 93 anos de respeitabilidade conquistada pela corporação. Sob o comando de Silvinei Vasques, a PRF integra-se ao modelo de terror paramilitar e miliciano instaurado pelo bolsonarismo”, diz a nota da entidade.

“Exigimos das autoridades competentes o nome dos policiais que assassinaram Genivaldo de Jesus Santos”, cobra o texto.

“Basta de notas protocolares da corporação para justificar o injustificável e informar que foi aberto um inquérito administrativo. Crimes como esses têm que ser julgados e acompanhados pela opinião pública”, acrescenta o documento.

Genivaldo tinha problemas psiquiátricos e era inofensivo. Foi colocado na mala da viatura policial inalando gás lacrimogênio e morreu asfixiado.

Leia a nota da entidade na íntegra:

É preciso reagir!

A atuação das forças de segurança persiste em disseminar práticas criminosas por todo o País.

Na terça-feira, 23 civis foram mortos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pela Polícia Rodoviária Federal. Na quarta, em Sergipe, um cidadão foi executado numa câmara de gás improvisada no porta-malas de uma viatura da mesma Polícia Rodoviária Federal.

Atos como esse, que horrorizaram o país, caracterizam um inconcebível desvio de função da Polícia Rodoviária Federal e jogam no lixo os 93 anos de respeitabilidade conquistada pela corporação. Sob o comando de Silvinei Vasques, a PRF integra-se ao modelo de terror paramilitar e miliciano instaurado pelo bolsonarismo.

Exigimos das autoridades competentes o nome dos policiais que assassinaram Genivaldo de Jesus Santos. Nós, brasileiros, representados por todas as entidades da sociedade civil, queremos que esses policiais sejam julgados e condenados como criminosos que assassinaram a sangue frio, e que o comando da Polícia Rodoviária Federal também seja responsabilizado pela orientação que tem dado à corporação.

Basta de notas protocolares da corporação para justificar o injustificável e informar que foi aberto um inquérito administrativo. Crimes como esses têm que ser julgados e acompanhados pela opinião pública.

A ABI, que tem 114 anos dedicados à luta pela democracia, liberdade de imprensa e direitos humanos, tem um compromisso com o amplo direito à informação. Fatos gravíssimos como esses devem ser amplamente divulgados, e não escondidos pelas autoridades. Vamos acompanhar, junto às outras entidades da sociedade civil, a apuração desses e de outros casos, como parte da luta democrática por um estado de justiça e paz para todos os brasileiros.

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2022

A DIRETORIA

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