“Abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”, disse o presidente da República em exercício
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) repudiou, na noite desta sexta-feira (1º), o abjeto ataque de soldados israelenses na Faixa de Gaza contra palestinos que aguardavam por ajuda humanitária, o que resultou em mais de 100 mortes de civis — homens, mulheres e crianças.
O presidente da República em exercício criticou a ação e afirmou que se trata de situação “inconcebível” a do Estado de Israel, em Gaza.
“Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas”, escreveu o vice-presidente, em postagem nas redes sociais.
“Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”, acrescentou.
CESSAR-FOGO IMEDIATO
Ele se alinhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas críticas aos crimes de Israel. Alckmin ainda fez apelo à comunidade internacional por cessar-fogo imediato.
“Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento”, pontificou.
“É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária”, convocou.
MOÇÃO À ONU
Mais cedo, Lula propôs que a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) faça moção à ONU (Organização das Nações Unidas) pelo fim imediato do genocídio de palestinos na Faixa de Gaza, imposto pelo governo de Israel.
Lula discursou durante a reunião de cúpula da Celac, em Kingstown, em São Vicente de Granadinas.
‘TRAGÉDIA’
“A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino”, discursou Lula, na Celac.
“As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante”, criticou o presidente brasileiro.