Banda de dono da Prevent Senior é excluída de festival de rock

Eduardo Parrilla - Foto: Reprodução/Instagram

O festival Knotfest Brasil anunciou, na noite desta quarta-feira (29), que a banda Armored Dawn não faz mais parte da programação do evento. O evento divulgou a saída da banda do line-up através de um comunicado.

Eduardo Parrillo, vocalista do grupo, é um dos sócios da Prevent Senior, empresa de planos de saúde investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

“O Knotfest Brasil comunica que a banda brasileira Armored Dawn não fará mais parte do line up do festival a ser realizado em dezembro de 2022”, diz o comunicado publicado nas redes sociais.

O festival é uma iniciativa da banda Slipknot e também terá Sepultura, Bring Me The Horizon e Trivium. Após ser adiado por conta da pandemia, a primeira edição brasileira está prevista para o dia 18 de dezembro de 2022.

Lançado em 2012, o festival se estabeleceu nos Estados Unidos e se expandiu para países como Japão, México, Colômbia e França. Com 12 horas de duração, a edição brasileira contará com dois palcos e outras atrações como Vended, Mr. Bungle.

O envolvimento de Eduardo Parrillo na música não fica só restrito à Armored Dawn. Ele e o irmão e sócio na Prevent, Fernando Parrillo, também são donos da Doctor Pheabes, banda de hard rock que já tocou no Lollapalooza e no Rock in Rio em edições patrocinadas pela empresa de planos de saúde.

INVESTIGAÇÕES

A Prevent Senior é investigada na CPI da Covid no Senado por conduta antiética e anticientífica na pandemia.

Pesam sobre a empresa denúncias de alteração de prontuários médicos para maquiar mortes por covid-19, realização de pesquisa médica sem consentimento de pacientes e distribuição de medicamentos para tratamento precoce da doença – que não têm qualquer eficácia comprovada.

Em depoimento na última terça (28), a advogada Bruna Morato relatou à CPI o pacto negacionista e a rotina de ameaças aos médicos da operadora.


A advogada representa 12 médicos que trabalharam para a operadora de saúde e os ajudou a elaborar um dossiê, formado por mais de 10 mil páginas, com denúncias sobre a operadora.

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