O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pretende ampliar o auxílio emergencial de R$ 600 para outras categorias de trabalhadores, em entrevista na manhã desta segunda feira (27). Na semana passada, o Senado aprovou uma proposta que expande o pagamento para outras categorias, além da concessão do recurso dobrado (R$ 1.200) a mães menores de 18 anos e país de famílias solteiros.
O projeto agora será analisado por Bolsonaro que defendeu que “não está prevista a ampliação, até porque cada parcela está na casa, um pouco acima, de 30 bilhões de reais”, disse Bolsonaro.
“Estas [outras categorias] aí, por enquanto, não está previsto isso daí. Se houver necessidade, se nos convencerem e se tiver recursos para tal, a gente estuda e defere ou não”, disse.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), “se Bolsonaro vetar nosso projeto de ampliação do auxílio emergencial, entregará milhões de famílias à fome e à MORTE! Essas famílias terão dificuldades p/ se manterem isoladas! O genocídio é um projeto desse governo! #BolsonaroGenocida”.
“Será que Bolsonaro vai virar as costas para categorias que inclusive o apoiaram, como é o caso dos caminhoneiros? Será que vai abandonar taxistas, mototaxistas e tantos outros? Dinheiro tem, precisa vontade de pagar! “, continuou Randolfe em suas redes sociais.
O texto aprovado pelo Senado acrescenta nominalmente categorias como beneficiárias da renda emergencial. Entre as categorias que podem ganhar o direito de receber o auxílio estão taxistas e motoristas de aplicativo, pescadores, trabalhadores de artes e da cultura, agentes e guias de turismo, cabeleireiros e manicures e professores contratados que estão sem receber salário.
O projeto impede que o governo recuse o benefício a quem declarar não ter CPF e prevê a regularização automática dos CPFs irregulares sem custos para ao beneficiário.
Outra medida aprovada, contrariando a vontade do governo federal, foi a ampliação do limite de renda para que idosos e pessoas com deficiência possam ter direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Com a ampliação proposta, pessoas com renda menor de até meio salário mínimo passarão a ter direito de receber o BPC, aumentando o número de pessoas que podem receber o benefício. Hoje o limite é de pessoas que recebem até 25% do salário mínimo (R$ 262,25).