A China aprovou a construção na Província de Sichuan de um megalaboratório que irá produzir energia limpa a partir de fusão nuclear em apenas seis anos, informou Peng Xianjue, professor da Academia Chinesa de Engenharia Física e um dos maiores especialistas do país em energia nuclear.
O professor afirmou em sua apresentação do projeto que pesquisadores chineses estão em processo de criar uma reação de fusão nuclear através de uma carga elétrica tão poderosa que seria capaz de fundir dois tipos de isótopos de hidrogênio, o deutério e o trítio. Esse processo pode liberar uma quantidade enorme de energia que será convertida em eletricidade, segundo o jornal South China Morning Post,
“O fato de produzir energia de fusão nuclear em larga escala será um marco importante no caminho para a produção em massa dessa energia para as pessoas”, assinalou Peng.
“A ignição por fusão é um grande tesouro da ciência e da tecnologia no mundo de hoje”, sublinhou.
O reator conhecido como Z-FFR poderá produzir energia em 2028 antes de se tornar comercialmente operacional em 2035, de acordo com uma estimativa relatada pela equipe de Peng.
O cientista destacou a importância de organizar esse novo sistema de consumo de energia na China, baseado em energia “verde” ou de baixo carbono para que o país possa cumprir seus compromissos de alcançar a neutralidade carbônica.
O país é responsável pela produção de 11% do CO2 global, de acordo levantamento publicado pela Carbon Brief, site especializado em ciência e política de mudança climática. A energia por fusão nuclear é considerada muito limpa pela baixa produção de rejeitos.
