O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) classificou a denúncia de que o governo Bolsonaro pediu propina de US$ dólar por dose de vacina como “muito grave”.
“A Folha de S. Paulo publicou há poucos minutos agora um denúncia grave sobre suposta cobrança de propina do governo Bolsonaro na compra de vacinas. Claramente, tudo tem que ser apurado devidamente”, cobrou Ciro nas redes sociais.
Segundo a Folha de S. Paulo, o representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista ao jornal que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.
Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.
Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o operador de Bolsonaro na Saúde. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Roberto Dias será exonerado.
De acordo com Ciro, “se for confirmado”, esse “será um dos maiores escândalos de corrupção já vistos no Brasil. Em especial pela troca de vidas humanas por um punhado de dólares para encher os bolsos de bandidos que tomaram conta do governo brasileiro”.
“É grave, muito grave”, frisou Ciro.
“Eu já assinei três pedidos de impeachment e assinaremos quanto mais forem necessários para tirar esse criminoso e genocida da presidência do Brasil”, assinalou o ex-governador do Ceará.
Para Ciro, todos devem “pressionar as lideranças que estão se escondendo dessa luta do impeachment”. “Pressionar a Câmara dos Deputados, pressionar o presidente [da Câmara] Arthur Lira (PP-AL) para abrir o processo. Fora Bolsonaro!”, conclamou.
Ainda na terça-feira (29), Ciro, em entrevistas e encontros, reforçou que o governo de Bolsonaro é
“criminoso”, “incompetente”, “genocida” e “com uma equipe de canalhas”.