O número de infectados por coronavírus na Espanha elevou-se a 78.797, o que representa 6.549 infectados mais que no sábado enquanto que, nas últimas 24 horas, foram registradas 838 mortes, o que leva o total de falecidos a 6.528, segundo as cifras publicadas este domingo, 29, pelo Ministério de Saúde espanhol.
O número de mortes é o segundo recorde diário nos últimos dois dias: entre sexta-feira (27) e sábado (28), o país havia registrado 832 falecimentos, número mais alto até então.
A Comunidade (equivalente ao nosso município) de Madri continua sendo a região mais afetada, com 22.677 casos confirmados e a morte de 3.082 pacientes. Depois vem a Catalunha, com 15.026 contagiados e 1.226 falecidos; e o País Basco com 5.740 casos e 265 mortes.
Por conta do crescimento exponencial de infectados e vítimas mortais, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou um endurecimento das condições do isolamento da população, iniciado há duas semanas.
SUBESTIMAÇÃO INICIAL
Depois que a quantidade de mortos superou os 5.700 e ficou evidente a subestimação do problema pelo governo, Sánchez resolveu pela paralisação absoluta de todas as atividades não essenciais até 15 de abril pelo menos, data que será monitorada diariamente.
A quarentena anunciada inicialmente concluiria segunda-feira, 30, data que não tinha sido oficialmente mudada, mesmo depois do parlamento espanhol ter aprovado semana passada um adiamento.
Os espanhóis não poderão sair de suas casas, exceto aqueles que desempenhem atividades essenciais ou para ir às farmácias e supermercados.
Sánchez assinalou que, a partir de segunda-feira, os que não trabalharem terão oito dias de licença retribuída, ou seja, que as empresas terão que pagar os salários completos.
O objetivo é evitar que nas grandes cidades, como Madrid e Barcelona, onde estão os principais focos de contágio, muitos trabalhadores saiam às ruas e os transportes públicos fiquem lotados de passageiros mais temerosos de perder o emprego que de contagiar-se.
A quantidade de registros da doença na Espanha é a quarta maior do mundo – atrás de Estados Unidos, Itália e China. O número de mortes é o segundo maior, menor apenas que o da Itália – que teve 10.023 mortes, segundo monitoramento dUniversidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.