A CPI da Pandemia inicia esta semana ouvindo, nesta terça-feira (10), o depoimento de Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil.
O requerimento de convocação é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“Em seus depoimentos a esta comissão parlamentar de inquérito acerca das denúncias de pedido de propina de membros do governo federal na aquisição de vacinas contra a covid-19, o cabo Dominghetti e o representante da Davati, o Sr. Cristiano Carvalho, apontaram o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil, como o responsável por ter viabilizado o encontro com o coronel Elcio Franco, coronel Boechat e o coronel Pires no dia 12 de março de 2021”, diz Randolfe no requerimento.
“Participou também da conversa o reverendo Amilton Gomes de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah)”, prossegue Randolfe.
Na ocasião, eles discutiram a compra de 400 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca.
Hélcio Bruno vai depor amparado por um Habeas Corpus concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, nesta segunda-feira (9).
A ministra concedeu a Helcio o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si mesmo no depoimento à CPI da Covid.
Cármen Lúcia negou o pedido da defesa para que o depoente faltasse ao compromisso.
Segundo a decisão da ministra, ele terá de comparecer e dizer a verdade sobre fatos que não o incriminem.
“Convocado que foi nesta condição, pode ele se manter em silêncio se questionado sobre fatos e atos que possam conduzir a seu comprometimento criminal, mas como testemunha não pode pretender eximir-se do direito ‘de dizer a verdade'”, diz a decisão da ministra.