
Crise do PIX foi a gota d’água. Sanha arrecadatória do ministro Fernando Haddad abriu espaço para a crise e fake news da direita, assustando a população
A pesquisa Quaest, divulgada nesta segunda-feira (27), sobre a atuação do presidente Lula mostra que o seu trabalho é reprovado por 49% dos eleitores brasileiros e aprovado por 47%. 4% não souberam responder.
É a primeira vez que a desaprovação supera a aprovação desde o início das pesquisas Quaest, iniciadas em fevereiro de 2023.
Em relação à pesquisa divulgada em dezembro de 2024, a aprovação do trabalho do presidente caiu 5 pontos, de 52% para 47%, enquanto a reprovação, que era de 47%, agora é de 49%. Lula perdeu popularidade no Nordeste e na faixa da baixa renda.
Veja os números:
Aprova: 47% (eram 52% em dezembro);
Desaprova: 49% (eram 47%);
Não sabe/não respondeu: 4% (eram 2%).

A enquete perguntou também a avaliação dos entrevistados sobre o governo Lula de uma forma geral. Para 31%, a avaliação do governo é positiva (eram 33%), para 37% é negativa (eram 31%), e para 28% é regular (eram 34%). Não souberam ou não responderam somam 4%.
Veja os números:
Positiva: 31% (eram 33%);
Negativa: 37% (eram 31%);
Regular: 28% (eram 34%);
Não sabem/Não responderam: 4% (eram 2%).
Os pesquisadores quiseram saber se os entrevistados acreditam se o Brasil está indo na direção certa ou errada. 50% responderam que está indo na direção errada e 39% que está indo na direção certa. 11% não sabem ou não responderam. Em relação aos objetivos anunciados por Lula, 65% afirmaram que o presidente não tem conseguido fazer aquilo que prometeu e 30% disseram que tem conseguido fazer aquilo que prometeu. 5% não sabem ou não responderam.

Na avaliação da economia, 39% dos entrevistados consideram que a situação piorou nos últimos 12 meses. A avaliação positiva da economia vem recuando desde outubro, passando de 33% para 27% em dezembro e 25% na pesquisa atual. Além disso, 83% dos entrevistados relataram alta no preço dos alimentos no último mês.
Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, o que explica a alta na reprovação de Lula é a percepção dos eleitores de que a condução da economia do país não vai bem. “Primeiro, Lula não consegue cumprir suas promessas. Esse percentual sempre foi alto, mas chegou ao seu maior patamar em janeiro: 65%. Ou seja, mais do que gerar esperança, o atual governo produz frustração na população”, afirma Nunes.
Os entrevistados também responderam se, na opinião deles, o governo acertou ou errou mais diante da polêmica envolvendo a notícia falsa de que o PIX seria taxado. 66% disseram que o governo errou mais, 19% que acertou mais e 5% que acertou e errou igual. 10% não souberam ou não responderam.
A medida anunciada pelo Ministério da Fazenda em relação ao PIX, de passar a obrigar todas as instituições financeiras a informar à Receita Federal qualquer movimentação maior do que R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, visando maior arrecadação, assustou a população. Políticos de direita se aproveitaram da confusão e da sanha arrecadatória de Haddad e espalharam que haveria uma taxação do PIX. O governo tentou desmentir a taxação mas acabou recuando da medida.
Os entrevistados também apontaram para o levantamento da Quaest quais são os principais problemas do Brasil hoje.
Violência: 26% (eram 20% em dezembro);
Questões sociais: 23% (eram 18%);
Economia: 21% (eram 21%);
Saúde: 14% (eram 15%);
Corrupção: 8% (eram 9%);
Educação: 8% (eram 8%).
O levantamento da Quaest foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro. Foram entrevistados 4,5 mil eleitores em todo o Brasil. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
Regiões
Segundo a Quaest, a maior aprovação do trabalho de Lula segue na região Nordeste, onde 60% dos eleitores aprovam o trabalho do presidente e 37% reprovam. Por outro lado, considerando a pesquisa divulgada em dezembro, onde 67% aprovavam o presidente e 32% reprovavam, o maior crescimento de rejeição do trabalho do presidente também aconteceu na região Nordeste. A margem de erro para este recorte é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Na Região Sudeste, a reprovação de Lula é de 53%, mesmo número das duas pesquisas anteriores, e a aprovação, 42% (eram 44% em dezembro). A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
No Centro-Oeste/Norte, a reprovação está em 49%(eram 50%) e a aprovação manteve os 48% da pesquisa anterior. A margem de erro é de 5 pontos percentuais. No Sul, a desaprovação de Lula é de 59% (eram 52%) e a aprovação, de 39% (eram 46% em dezembro). A margem de erro para esta região é de 6 pontos percentuais para mais ou para menos.
Gênero
A aprovação de Lula entre as mulheres é de 49% (eram 54% em outubro) e reprovado por 47% (eram 44%). Entre os homens, 52% reprovam Lula (eram 50% na pesquisa anterior) e 45% aprovam o trabalho do presidente (eram 49%). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos tanto entre homens quando entre mulheres.
Idade
Entre os eleitores de 16 a 34 anos, o trabalho de Lula é desaprovado por 52% (eram 50% em dezembro), e é aprovado por 45% (eram 48%). A reprovação entre os eleitores de 35 a 59 anos é de 52% (eram 46% na pesquisa passada), a aprovação é de 46% (eram 52%). 52% dos eleitores de 60 anos ou mais aprovam o trabalho de Lula e 40% reprovam (eram 57% e 40%, respectivamente, em dezembro).
Renda
Lula é aprovado por 56% dos eleitores entrevistados que têm renda familiar de até dois salários mínimos (eram 63%) e é reprovado por 39% (eram 34%). O presidente é reprovado por 54% dos que ganham mais de 2 salários mínimos até 5 salários-mínimos (eram 50% em dezembro) e é aprovado por 45% (eram 48%). Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, a reprovação é de 59% e a aprovação, 39%, mesmos valores apresentados na pesquisa de dezembro.
A margem de erro deste recorte é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos entre os que ganham até 2 salários mínimos e entre os que ganham mais de 5 salários mínimos, e de 2 pontos percentuais para os que ganham de 2 a 5 salários mínimos.
Escolaridade
Entrevistados que declararam ter o Ensino Fundamental, o trabalho do presidente é aprovado por 57% (eram 60%) e reprovado por 37% (eram 38%). Para os que declararam ter o Ensino Médio, 54% disseram reprovar o trabalho de Lula (eram 48%) e 43% disseram aprovar (eram 50%). Já entre os que disseram ter o Ensino Superior, a reprovação está em 59% (eram 58%) e a aprovação é de 40% (eram 41%). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para quem tem até o Ensino Fundamental e o Ensino Médio completo ou incompleto e de 3 pontos para quem tem Ensino Superior incompleto ou mais.
Religião
No eleitorado católico, a aprovação do presidente é de 52% (eram 56%) e a reprovação é de 45% (eram 42%). Entre os evangélicos, a reprovação é de 58% (eram 56%) e a aprovação é de 37% (eram 42%). A margem de erro é de 2 pontos entre os católicos e de 3 pontos entre os evangélicos.
Raça
A aprovação de Lula entre os que se declaram pretos é de 54% (eram 59%) e a reprovação é de 42% (eram 39%). Entre os pardos, a aprovação é de 51% (eram 55%) e a reprovação, a 45% (eram 43% na pesquisa anterior). Já entre os brancos, a reprovação é de 60% (eram 52%) e a aprovação, 39% (eram 46%).
É. Essa política de erro e acerto não tem direção nenhuma. O “mercado” não reagiu bem… Então… recuemos de novo. Porque quem manda na democracia brasileira é o “mercado”. Esse “mercado” financeiro-especulativo engolia 80% dos lucros gerados pelo setor produtivo, antes da pandemia-quarentena. Imagine de lá para cá, quando tudo que se faz em termos de políticas públicas, tem que ter uma parcelinha majoritária que gere maiores lucros para bancos e especuladores? Inclusive o bolsa família, que é depositado na conta do beneficiário-correntista (foram todos obrigados a abrir contas bancárias), no dia 1 de cada mês, mas só pode ser sacado por grupos conforme o algarismo final do número de NIS… a partir do dia 15, algarismo por algarismo. Os algarismos finais de NIS mais rentáveis aos bancos são os que terminam em 9 e 0. Esses ficam para o penúltimo e último dia do mês. E o mês todo o dinheiro deles fica ali rendendo juros ao banco; não a eles. Etcetera. Todas as obras desnecessárias, compras de armas desnecessárias, o Ministério da Saúde se transformou num balcão de negócios rentável para laboratórios multinacionais… um dos mais rentáveis do mundo… Tudo isso pago com dinheiro comprado a juros de bancos internacionais. E daí, ficam pretendendo arrecadar mais aqui dentro do qeu não tem mais como pagar, para pagar juros de empréstimos que o povo jamais solicitou que fossem contraídos em seu nome. E cortando gastos públicos em coisas fundamentais. Inclusive as aposentadorias que já foram pagas por uma vida inteira de trabalho. Indecente demais para levar a sério. Dizem que x% dos eleitores votou em Lula. Mas, não dizem quantos x% em porcentagens crescentes, simplesmente nem comparecem mais às urnas, embora seja obrigatório por lei. A única coisa que os partidos de esquerda conseguem discutir atualmente é como ganhar as próximas eleições. Eu preferiria nem ter que ver a cara de Lula no noticiário todo dia. Aliás, se pudessem nos deixar em paz e lotear diretamente o Brasil para as multinacionais, como vem sendo feito, sem ficar tentando enganar o povo – transformado em gado – com um monte de abobrinhas, seria bem mais tranquilo.
Seu comentário é uma crítica emocional e generalizada, cheia de simplificações, teorias conspiratórias e linguagem inflamada. Carece de embasamento factual, contextualização e análises concretas. Embora levante questões importantes sobre o papel do mercado financeiro, a distribuição de recursos e a eficácia de políticas públicas, você faz um comentário completamente desequilibrado. Sua resposta é tendenciosa, superficial e propagadora de desinformação. Não contribui em NADA para o debate político e econômico.