Após reunião para discutir a posição do PSB (Partido Socialista Brasileiro) sobre a reforma da Previdência, o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) reiterou que não aceitará discutir a proposta “enquanto não forem retirados pontos inegociáveis”. Delgado esteve na terça-feira (30) com o deputado Marcelo Ramos (PR-AM), presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, encaminhada sob a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 06/2019 pelo Executivo ao Congresso.
“Não iremos ceder em nenhum artigo da proposta que desconstitucionalize as regras previdenciárias; que retire direitos ou reduza benefícios dos mais pobres, como também dos deficientes físicos, trabalhadores rurais, professores, policiais, dentre outros”, disse o deputado mineiro no Twitter.
Delgado já havia se posicionado contra a reforma diante do ministro Paulo Guedes e suas alegações a favor do desmonte da Previdência Social, especialmente sobre o regime de capitalização.
“Dos 30 países que adotaram o regime de capitalização, desde 1981 até 2014, 18 já refizeram a sua reforma da Previdência, voltando atrás”. Ou seja, para o parlamentar, o sistema defendido por Guedes e Bolsonaro é um desastre.
“O ministro fala que está combatendo privilégios, mas a idade aumenta, o tempo de contribuição aumenta e o benefício diminui, pela falta de correções. Isso é uma armadilha para acabar com a Previdência pública”, acrescentou Júlio Delgado quando Guedes visitou o Congresso no início do mês para defender a reforma e o regime de capitalização.
