
Decisão foi anunciada durante a reunião anual do Fórum de Desenvolvimento da China 2005, em Pequim
A ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT), foi reconduzida ao cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco do BRICS, com sede em Xangai, na China. A decisão foi anunciada durante a reunião anual do Fórum de Desenvolvimento da China 2005, em Pequim, no último final de semana.
Indicada pelo presidente Lula, Dilma assumiu a presidência da instituição financeira em 2023 para um mandato que se encerraria em julho deste ano.
Seguindo regras de rotatividade, cada país membro do BRICS – formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – tem o direito de indicar o presidente do banco para um mandato de cinco anos. Dilma foi reconduzida ao cargo com o apoio da Rússia, que indicaria o próximo presidente.
Durante o encerramento da 16ª Cúpula dos Brics, em outubro do ano passado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou o desempenho de Dilma e ofereceu ao Brasil um novo mandato no banco.
Durante o Fórum, Dilma confirmou os avanços na parceria entre o Brasil e a China, destacando a Ferrovia Transoceânica. O projeto que ligará o Brasil ao Peru visa criar uma nova rota de transporte de mercadorias entre a Ásia e América do Sul.
Sobre a China, Dilma ressaltou que “não é fácil tirar tantas pessoas da pobreza e, como sei que no meu próprio país, o Brasil, estamos tentando fazer o mesmo, não é fácil. Igualmente impressionante é a transformação da China de fábrica do mundo para um planalto de inovação, e gradualmente se desenvolvendo em um líder global em ciência, tecnologia e inovação”.
A reeleição de Dilma foi celebrada por figuras políticas próximas, como a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que parabenizou a ex-presidente em uma rede social.
“Parabéns, presidente Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos BRICS vem cumprindo papel importante no desenvolvimento de nossos países”, escreveu o ministra.