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Alvo da barbárie foi o hospital Ibn Sina, localizado na palestina Cisjordânia
Um grupo de soldados israelenses entrou disfarçado no hospital Ibn Sina, em Jenin, na Cisjordânia ocupada, e assassinou três homens palestinos a tiros de metralhadora, na terça-feira (30).
A bárbara agressão realizada às 5h30 da manhã, foi filmada pelas câmeras de segurança do hospital e configura crime de guerra.
Veja como ficou o quarto onde os palestinos estavam inernados
Na gravação é possível identificar pelo menos 13 homens armados vestidos como civis, inclusive com roupas femininas, ou como médicos e pacientes, usando jalecos e máscaras, no saguão do hospital.
Um dos militares israelenses até carrega um berço, enquanto outro uma cadeira de rodas. Todos tinham metralhadoras.
O Ministério da Saúde da Palestina confirmou que três homens foram mortos “pelas balas das forças de ocupação que invadiram o Hospital Ibn Sina em Jenin e atiraram neles”.
Outros vídeos feitos dentro do hospital mostram o quarto todo ensanguentado. Uma maca hospitalar tem um buraco de bala no travesseiro e uma grande mancha de sangue. No mesmo quarto, um sofá-cama e a parede próxima a ele também aparecem com manchas.
O Exército de Israel alega que os três homens assassinados eram membros de uma célula do Hamas que estava planejando um ataque. Entre os mortos estão os irmãos Basel e Mohammad Ghazawi, de 19 e 24 anos, e Mohammad Jalamneh, de 28 anos.
O grupo Hamas, contra o qual Israel diz estar em guerra, não tem jurisdição ou autoridade na Cisjordânia, governada pela Autoridade Nacional Palestina, desde os Acordos de Oslo, firmados por Rabin e Arafat, com a presença colonial de tropas israelenses espelhada por toda a região uma vez que o assassinato de Rabin embora tenha resultado na ANP foi interrompido antes do estabelecimento do Estado da Palestina com plena soberania como exige a Comunidade Internacional e estabelece os acordos firmados entre israelenses e palestinos antes do assassinato do ex-premiê.
O Al Jazeera apurou que Basel foi ferido por um ataque israelense por drone em Jenin e vinha recebendo tratamento nos últimos três meses, enquanto seu irmão apenas o acompanhava.
A mãe dos dois contou que ela fez uma visita na noite anterior, na segunda-feira (29), ao filho no hospital. “Eu ainda estava acordando esta manhã quando ouvi que as forças especiais invadiram o hospital… Eles foram mortos enquanto dormiam”, disse.
Uma fonte ouvida pelo The New Arab comentou que uma enfermeira estava no quarto, que era em um piso superior, vendo a situação dos pacientes quando o grupo israelense entrou. “Um dos soldados agarrou a enfermeira e colocou a mão sobre sua boca, ela o mordeu e ele começou a bater nela na cabeça e no peito, enquanto os outros matavam os três homens”, contou.
Outra parte dos soldados israelenses ficou no piso térreo com suas armas apontadas para as pessoas. Os seguranças do hospital foram agredidos pelos militares.
A Convenção de Genebra, que define regras para qualquer conflito armado, estipula que “os hospitais civis organizados para cuidar dos feridos, doentes, enfermos e parturientes não poderão, em qualquer circunstância, ser alvo de ataques; serão sempre respeitados e protegidos pelas Partes no conflito”.
O escândalo de hoje mostra que Israel já desrespeita descaradamente as resoluções da Corte Internacional de Justica para que tome todas as medidas a seu alcance para evitar a continuidade do genocídio do povo palestino.