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Nesta segunda-feira (10), durante a posse do novo superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo Cabral, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, defendeu que ciência, tecnologia e inovação sejam usadas a serviço da redução das desigualdades regionais. De acordo com Luciana, depois de um período de desmonte dos órgãos de planejamento e discriminação com o Nordeste, a região tem nova oportunidade de viver um ciclo virtuoso de desenvolvimento.
“O novo governo do presidente Lula recupera os ensinamentos de Celso Furtado e trabalha pela redução das assimetrias regionais e pelo desenvolvimento do Nordeste. Da minha parte, posso dizer que esse é um compromisso também do nosso Ministério. Queremos que a Ciência, a Tecnologia e a Inovação sejam pilares do desenvolvimento do nosso país, instrumentos que contribuam para solucionar os desafios de nosso tempo e, nesse sentido, também os problemas regionais”, afirmou.
Luciana citou órgãos vinculados à sua pasta que têm sede no Nordeste, contribuindo com esta descentralização, a exemplo do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN/NE) e o Instituto Nacional do Semiárido (Insa).
“São instituições que trabalham com ciência e tecnologia aplicadas à realidade do Nordeste, pensando em soluções inovadoras para as demandas específicas dessa região. Trata-se de uma atuação ampla. E queremos fazer muito mais”, afirmou.
A ministra colocou sua pasta à disposição para trabalhar em conjunto com a Sudene no esforço de reindustrialização do Brasil em bases sustentáveis. “A gente tem dito que o Brasil voltou ao mundo e que a ciência voltou ao Brasil. Quero dizer que o protagonismo do Nordeste também voltou”, destacou.
Na cerimônia, ela elogiou o perfil do novo superintendente. “Danilo alia à sua experiência grande sensibilidade social e uma visão ajustada de Brasil, que entende que o desenvolvimento precisa ser para todos. Não tenho dúvidas de que, na Sudene, dará importante contribuição para fazer valer o sonho de Celso Furtado, de um Brasil desenvolvido, soberano e democrático, com participação decisiva do Nordeste”.
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Em sua fala, Danilo Cabral pregou que é preciso fazer o reencontro da Sudene com a região.
“Os avanços recentes [no Na região] não eliminaram as desigualdades regionais históricas no campo econômico e social, que continuam a nos desafiar. Nunca devemos esquecer que, apesar de termos 26% da população brasileira, representamos apenas 15% do PIB do país.
“Agora, mais uma vez temos uma oportunidade à nossa frente. E, mais uma vez, ela se dá no governo do presidente Lula. O Brasil já se reencontrou com os brasileiros e com o mundo. Voltamos a ser um país respeitado. Precisamos também fazer o reencontro da região com o Brasil. A Sudene tem um papel fundamental a cumprir nesse novo Nordeste, e na promoção desse reencontro”, discursou.
“Nosso compromisso é reduzir desigualdades regionais. Nosso desafio é fazer com que a economia do Nordeste volte a crescer acima do Brasil e patrocinar as políticas públicas para garantir cidadania”, discursou.
Também participam do evento o ministro da Integração Nacional, Waldez Goés; o ministro da Pesca, André de Paula; o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara; a vice-governadora Priscila Krause; o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto; o prefeito do Recife, João Campos, entre outros.