A Embaixada de Cuba sofreu um ataque a tiros na madrugada desta quinta-feira em Washington, com o seu edifício sede sendo alvejado por balas de fuzil, felizmente sem que nada tenha ocorrido a trabalhadores e diplomatas.
De acordo com o site do Ministério de Relações Exteriores de Cuba, o indivíduo foi detido pela polícia local, que agiu rápido, e se encontra sob custódia das autoridades. Um veículo que a polícia avalia que esteja relacionado com a ação permanece estacionado fora da sede.
Em nota, a representação cubana declarou esperar do governo dos Estados Unidos que realize uma investigação “exaustiva e rápida” que esclareça a identidade e as motivações do agressor, assim como das circunstâncias que rodeiam o fato – “e que sejam compartilhadas com nossas autoridades”.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, reiterou ser uma obrigação dos Estados adotar as medidas necessárias a proteger os locais de uma missão diplomática acreditada em seu país contra toda intrusão ou dano, bem como evitar que se perturbe a tranquilidade da missão ou se atente contra a sua dignidade.
O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla alertou à Encarregada de Negócios dos Estados Unidos na Ilha que tal agressão vem sendo “alentada pela crescente retórica hostil contra nosso país, na qual estão involvidos de forma pública e sistemática, tanto o secretário de Estado dos EUA, como altos funcionários desse departamento, inclusive a própria Embaixada em Havana”.
Como destacou Parrilla, “não é possível dissociar um fato como este do recrudescimento da política de agressão e hostilidade que aplica o governo dos Estados Unidos contra Cuba: nem do endurecimento do bloqueio, que inclui medidas não convencionais, inclusive durante a pandemia de Covid-19, que afeta todo o planeta”.