CNI, CNC, Febraban e Ciesp condenam agressões ao patrimônio nacional e ataques à democracia
Empresários e banqueiros divulgaram notas repudiando os atos terroristas em Brasília neste domingo (8) por apoiadores de Jair Bolsonaro que promoveram depredações no Palácio do Planalto, no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional.
Em nota, Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), repudiou as agressões ao patrimônio público nacional e exigiu e defendeu firme reação do Estado.
“Com mais de meio de século de existência, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), integrante da institucionalidade do País, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito. As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo (8 de janeiro) em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado”, diz a nota da Febraban.
“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) é veementemente contra todo e qualquer tipo de manifestação antidemocrática. Os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar”, afirma a nota assinada pelo presidente Robson Braga de Andrade. “O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social”.
“Em relação à ocupação e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, neste domingo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manifesta o seu mais profundo repúdio aos atos antidemocráticos e reafirma o compromisso com os valores do Estado Democrático de Direito”, diz a nota da entidade. “A Confederação confia na apuração e punição dos responsáveis pelos crimes praticados contra a decisão manifesta nas urnas pela sociedade brasileira”.
“O Brasil precisa de paz para produzir e voltar a crescer. Atos antidemocráticos contra os poderes constituídos da República, vandalismos e ataques ao patrimônio público agridem o estado de direito. Estamos, nós e o mundo, estarrecidos diante dos fatos que aconteceram em Brasília (DF). Faltando bom senso, segurança e ordem, o Brasil não avançará”, manifestou Rafael Cervone, presidente da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).